terça-feira, 26 de março de 2024

PREFEITOS DE GARANHUNS. 11º Prefeito: Capitão Thomaz da Silva Maia - Por Prof. Cláudio Gonçalves - IHGCG

 SÉRIE: PREFEITOS DE GARANHUNS.

11º Prefeito: Capitão Thomaz da Silva Maia.
(Tomou posse do cargo no lugar do prefeito eleito tenente-coronel Júlio Brasileiro, após a anulação da primeira eleição e depois do assassinado de Júlio Brasileiro no Café Chile, Recife, em 14 de janeiro de 1917).
Mandato: 15 de novembro de 1916 a 03 de março de 1917.
Prefeito eleito: Tenente-coronel Júlio Euthymio da Silva Brasileiro
Subprefeito: Thomaz da Silva Maia.
Primeira eleição: 10 de julho de 1916 - Júlio Brasileiro 1.114 votos e Dr. José da Rocha Carvalho 428 votos (A eleição foi anulada pois o candidato Júlio Brasileiro exercia o cargo de deputado e não poderia concorrer ao cargo de prefeito antes da conclusão do mandato, mas o governador Manoel Borba, anulou a eleição e marcou um novo pleito. A oposição insatisfeita com a decisão retirou a candidatura.
Com a anulação da eleição, o Capitão Thomaz da Silva Maia tomou posse do cargo de prefeito de Garanhuns em 15 de novembro de 1916, permanecendo a frente da administração municipal até 03 de março de 1917, quando é preso sob acusação de ter fornecido querosene para os jagunços incendiarem as casas comerciais das vítimas da Hecatombe de Garanhuns. Provada sua inocência retorna a Garanhuns em dezembro de 1918, mas não assumi o cargo de prefeito.
Segunda eleição: 07 de janeiro de 1917 - Tenente-coronel Júlio Euthymio da Silva Brasileiro, candidato único, 1.232 votos.
Júlio Brasileiro não chegou a tomar posse. No dia 14 de Janeiro de 1917 foi assassinado no Café Chile em Recife pelo Capitão Francisco Sales Vila Nova, que dois dias antes, ao voltar a noite para casa foi cercado por seis homens mascarados e barbaramente espancado a bengaladas e chicotadas de cipó-de-boi, reconhecimento entre os agressores, o secretário da prefeitura, Fausto Galo, o irmão e o sobrinho de Júlio Brasileiro. O assassinato de Júlio Brasileiro, desencadeou uma revolta e um desejo de vingança contra os adversários políticos de Júlio Brasileiro, os chefes políticos jardinistas, os quais sem ter nenhuma participação no crime, eram acusados por alguns familiares e correligionários de Júlio Brasileiro de terem planejado a morte do chefe político. Na manhã de 15 de janeiro a cidade, centenas de homens armados invadiram a cidade jurando vingança. Sofrendo ameaças e correndo risco de vida, Sátiro Ivo, Dr. Antônio Borba Junior, Francisco Veloso, Manoel Jardim e os irmãos Argemiro e Júlio Miranda, são convencidos a ser recolherem a cadeia, sob a proteção do tenente-delegado Meira Lima. A tarde a cadeia é invadida por dezenas de homens armados mesmo com toda resistência do cabo Cobrinha, sargento Pedro Malta e dos praças Ezequiel Cabral de Souza, Manoel João de Oliveira, Pedro Antônio Dias e Francisco Maciel Pinto. O que se sucede é uma tragédia, com o assassinato de todos os principais chefes políticos jardinistas e do jovem Gonzaga Jardim, que minutos antes da invasão fora a cadeia visitar o tio Manoel Jardim. Essa página triste da nossa história política ficou conhecida nacionalmente como a Hecatombe de Garanhuns.






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