sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

DOMINGOS FERNANDES ¨CALABAR¨ : HERÓI OU TRAIDOR?



Houve um período da História da Brasil em que Portugal ficou sem regente e precisou se unir a Espanha. Essa união se deu por volta de 1580 e ficou conhecida como União Ibérica. A Holanda era aliada dos portugueses, mas era inimiga dos espanhóis, por isso resolveu lutar novamente, porém contra o domínio espanhol só que agora sob a nova nomenclatura: União Ibérica. Foi mais ou menos por esta época que surgiu o nome Domingos Fernandes Calabar que mais tarde ficou conhecido apenas como Calabar.  

Calabar nasceu em Porto Calvo (Alagoas), que nesta época fazia parte da capitania de Pernambuco. Calabar resolveu auxiliar inicialmente Portugal, ou seja, a União Ibérica, e auxiliou em vários ataques contra os holandeses. O mesmo era profundo conhecedor do terreno porque era comerciante e alguns até diziam que era contrabandista, por isso foi peça fundamental nos ataques. 

A um determinado ponto da guerra, e ainda não se sabe bem por que, Calabar resolveu trair a união dos países e lutar a favor da Holanda contra os portugueses e espanhóis.  Os holandeses então viraram o jogo porque agora possuíam o que todo general deseja, a vantagem do terreno. Quem sabe onde pisa não perde para o oponente. Matias Albuquerque, o defensor da pátria Ibérica, chegou a ficar acuado em Alagoas com pouco mais de oito mil homens.

Calabar foi preso, morto e esquartejado para servir de exemplo a população. Os holandeses se retiraram e Portugal aos poucos foi se libertando da Espanha ficando a dúvida sobre a atuação de Calabar no Brasil: traidor oi herói?
Calabar não lutou pelo desenvolvimento ou liberdade da pátria ao lado dos holandeses, pois, o objetivo destes era saquear e usurpar as riquezas por aqui, uma vez que o Brasil era momentaneamente da Espanha e não mais de Portugal. 

Os holandeses lutavam contra os espanhóis e, finalmente, Calabar lutava contra quem? Espanha ou Portugal? Essa visão de que o Brasil ficaria melhor sob o comando dos Holandeses foi iniciada por Maurício de Nassau e muitos acreditam que Calabar é um herói devido justamente a percepção de que talvez fosse "melhor" para os nativos, ainda não brasileiros naquela época, ficarem sob o comando da Holanda. Nesse aspecto ele seria um herói, mas não há como negar que ele lutou inicialmente para os Espanhóis virando a casaca depois, e neste aspecto ele seria um traidor.

Não se sabe ao certo se Calabar foi herói ou traidor. A visão de herói tem sido muito ressaltada ao longo dos tempos, mas a visão de traidor, pouco explorada. Acredito que não há como sabermos, pois, somente entendendo as intenções verdadeiras de Calabar é poderíamos ter certeza a cerca de seus ideais. Não há indícios ou vestígios que indiquem quais suas verdadeiras intenções, por isso continuaremos nessa dúvida de vilão ou herói.

Muita gente acredita que  Calabar lutou por seus próprios ideais uma vez que não havia ainda a identidade Brasil, nem um senso comum de sentimento de amor a pátria, nem tão pouco era perceptível a ele qual seria o destino da pátria nas mãos dos holandeses. Neste aspecto ele é um traidor, pois, virou a casaca conforme o que lhe fosse melhor naquele momento. Ele não estava lutando exclusivamente contra Portugal, mas contra uma união cujo país dominante era a Espanha. Essa atitude mais parece a de um pirata do que a de um herói.

Hoje, Porto Calvo tem como monumentos para lembrar a sua importância na História de Alagoas, a Igreja matriz de Nossa Senhora da Apresentação, inaugurada em 1610 (existe no alto de sua fachada, essa data), com seu altar-mor em madeira, originalíssimo e as imagens da sua padroeira, de Cristo crucificado, de Nossa Senhora da Conceição e outras.

Existe também o chamado Alto da Forca, onde dizem que Calabar foi enforcado, além de um clube, um bar e restaurante que levam o seu nome. Mas, o importante mesmo é a luta dos filhos da terra para resgatar a memória desse conterrâneo. São publicados livros e outros periódicos, enaltecendo a sua figura. A esperança é de que um dia, ele seja finalmente considero Herói Nacional, como foi Zumbi, outro que os portugueses também consideravam como traidor.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

NO DIA DE NATAL TEREMOS ¨FILHO DE DEUS MENINO MEU¨ EM GARANHUNS


A Comunidade Católica Shalom de Garanhuns, apresenta o  musical natalino ¨Filho de Deus Menino Meu¨.  A mensagem da peça é transmitir, a partir do nascimento de Jesus, o verdadeiro sentido do natal.

O roteiro é baseado no livro Filho de Deus – Menino Meu, de Maria Emmir Nogueira, que resgata o nascimento de Jesus com um olhar para a humanidade atual. Inspirada no estilo circense e cultura nordestina, a peça conta a história de forma leve, jovial e descontraída. A apresentação no Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti  será na próxima quarta-feira (25), às 19h.

Ingressos antecipados no Centro Evangelização Shalom, localizado Av. Agamenon Magalhães 324, Heliópolis. valor de R$ 10,00 + 1Kg. de alimento não-perecível.
                                           Acompanhe um trecho do musical.  

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

INSTITUTO GARANHUNS: DOIS ANOS DE DESAFIOS, LUTAS E CONQUISTAS

Por Igor Cardoso

O dia de hoje - 22 de dezembro - assinala uma relevante efeméride para a história do município de Garanhuns, porquanto foi nesta mesma data, há exatos dois anos, que, pode-se dizer, principiou a retomada do movimento de preservação da memória local, na esteira do que fora feito, décadas antes, por insignes como Sales Vila Nova, Ruber van der Linden, João de Deus de Oliveira Dias, Alfredo Leite Cavalcanti, Alberto da Silva Rego e Alfredo Vieira, entre outros.

Naquela tarde de sábado de fins de 2012, às 16h, um grupo de historiadores, pesquisadores e entusiastas - Anchieta Gueiros, Antônio Vilela, Audálio Filho, Edmilson Vieira, Elias Mouret e este que vos escreve, Ígor Cardoso - reuniram-se nas dependências da Academia de Letras de Garanhuns, nossa instituição-anfitriã, e, recepcionados pelo presidente João Marques, votamos e aprovamos os Estatutos do nascente Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Garanhuns, baseados no do Instituto Pernambucano, ocasião em que também elegemos a primeira diretoria.

Em realidade, aquela reunião era a segunda que ocorria naquele ano, tendente à fundação do Sodalício. Uma primeira acontecera intencionalmente em um momento ainda mais significativo para a municipalidade - o 10 de março, data de criação da Vila de Garanhuns pelo Príncipe Regente -, da qual participaram praticamente os mesmos membros, com alguns acréscimos - vem-me à cabeça os de Maxwell Bento e Ronaldo César - e algumas ausências. Tratando daquela primeira reunião inaugural, nosso principal mentor, o confrade Audálio Filho, redigiu as seguintes linhas:

Imbuídos desse amor pela História desta Terra das Sete Colinas é que estamos, juntamente com outros e outras garanhuenses, propondo-nos a criar o Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns, buscando, pela preservação da memória material e imaterial do município, suprir a lacuna de tanto descaso para com a nossa histórica cidade. Parabéns, Garanhuns, pelos 201 anos de emancipação política! O nosso presente será a luta do Instituto Garanhuns para honrar seu passado, seu presente e seu futuro!


As palavras de Audálio foram muito felizes, sobretudo por aludirem às razões que determinaram a criação do nosso Instituto: em síntese, o descaso para com a História da "pólis simoense". Com efeito, devido a essa indiferença, o ano anterior, marco do bicentenário da conquista da nossa autonomia política (2011), transcorrera sem que qualquer menção oficial ou extra-oficial fosse feita à efeméride. Àquele tempo, Garanhuns, a exemplo do que ainda ocorre com tantos outros municípios do Estado, continuava comemorando sua Data Cívica em momento distinto do da consecução da autonomia - no caso, no de sua elevação à honrosa categoria de cidade (1879). 

A gravíssima negligência em relação ao marco do bicentenário foi um dos principais motivos, senão o principal, a conduzir os sócios fundadores a optarem por agregar-se em uma instituição com voz ativa para lutar pela preservação da memória local. E, por essa mesma razão, a correção da Data Cívica passou, desde então, a constituir o nosso pleito-síntese.

A 10 de março de 2012, vinha à lume, no blog do confrade Ronaldo César, o bem fundamentado artigo de Audálio "Garanhuns completa 201 anos neste sábado, 10 de março - É o que defende novo Instituto de História, Geografia e Cultura que está sendo criado na cidade!", de onde, aliás, extraímos o excerto acima transcrito. Plantada a semente, no ínterim entre o 10 de março e o 22 de dezembro, maturou-se a ideia, sendo traçados os principais objetivos, e arregimentaram-se novas e importantes forças. Na segunda reunião inaugural, todos estavam cientes de que o Instituto pautar-se-ia pelos objetivos concretos de: correção da Data Cívica; consecução de uma sede para as futuras instalações de um Museu Histórico; e permanente movimento de preservação da memória, com a mobilização dos munícipes.

Aprovados os Estatutos, o primeiro nome cogitado para a presidência - que, inclusive, contava com a aprovação unânime de todos, por aclamação - foi o de Audálio, mas, por questões de força maior, que inviabilizavam que ele assumisse a titularidade, foi ele escolhido para a vice-presidência. Para a presidência, então, após decidirmos que, neste momento inicial, seria ideal que o ocupante do cargo fosse alguém domiciliado e residente em Garanhuns, apontamos o nome do historiador e escritor Cláudio Gonçalves, especialista no episódio da Hecatombe de 1917. Cláudio não havia podido comparecer à reunião, mas, informado da escolha, logo aceitou o desafio.

A primeira diretoria ficou assim composta:


Presidente: José Cláudio Gonçalves de Lima
Vice-Presidente: Audálio Ramos Machado Filho
Secretária-Geral: Ivanice Ramos Machado
Diretor Fiscal: Anchieta Gueiros de Barros
Diretor de Cultura: Antonio Vilela de Sousa
Diretor de Comunicação: Ronaldo Cesar Gonçalves de Carvalho
Conselho: Edmilson Vieira, Ígor Cardoso e João Marques dos Santos

Vencida essa etapa embrionária, o próximo passo foi o de proceder com o registro dos Estatutos em cartório, dotando a instituição de personalidade jurídica, o que ocorreu no dia 18 de janeiro de 2013. Nas sessões legislativas de 23 e 25 de abril de 2013, o Instituto foi, então, considerado pela Câmara Municipal de Vereadores como órgão de utilidade pública, conforme projeto de lei de autoria do vereador Audálio Ramos Machado Filho, aprovado em primeira e segunda votações. Esses foram, portanto, os marcos formais de nascimento e de reconhecimento oficial: doravante, Garanhuns já possuía o seu Instituto Histórico.

Os meses que se seguiram assistiram à adesão à causa de novos sócios, entre os quais Edilson Nunes Macedo, José Carlos de Souza Guedes, Ivonete Batista Xavier, Jakson Fitipaldi, Marcílio Reinaux, Mariana Gueiros, Paulo Henrique Dias, Fernando Monteiro, entre outros. Também testemunharam a movimentação dos membros para dar cabo de dois dos desideratos prioritários aos quais nos referimos: a consecução da sede e a correção da Data Cívica. 

Sede do IHGG                  
Em relação ao primeiro, na reunião inicial do Instituto com o prefeito Izaías Régis, em 24 de janeiro de 2013, já foi obtido do edil, simpático à causa, o compromisso de proceder com a cessão do imóvel à Praça Dom Moura, n. 44, para servir de sede ao Sodalício. Trata-se de casarão bastante emblemático para a História do município, dos tempos áureos do café, projetado pelo arquiteto italiano Bruno Giorgio, em estilo eclético, e construído em 1919, sob encomenda do prefeito José de Almeida Filho. Posteriormente, passou à propriedade do também político Souto Filho, notabilizando-se como seu "quartel-general" na cidade, até ser adquirido pela família Neves e, em 2004, pela Prefeitura, na gestão do prefeito Luiz Carlos de Oliveira.
Ainda no primeiro semestre de 2013, atendendo a projeto de iniciativa do Executivo, que o enviou já com o termo de cessão assinado, a Câmara de Vereadores autorizou o pleito de cessão de imóvel para o Instituto, o que ocorreu nas sessões dos dias 02 e 07 de maio.



Carta Régia
Em relação ao segundo objetivo, por sua vez, é digno de nota o esforço dos presidente e vice-presidente, Cláudio Gonçalves e Audálio Filho, no sentido de resgatarem, respectivamente, uma cópia do manuscrito original da Carta Régia de 10 de março de 1811, e cópias de antigas leis municipais, entre as quais uma de autoria do próprio Alfredo Leite Cavalcanti, que confirmavam que, no passado, já se comemorara o Dia de Garanhuns no momento correto. 

Todo esse material foi posto à disposição da população por meio dos blogs de notícias e formalmente apresentado às entidades do Poder Público. A iniciativa de recuperar o Dia de Garanhuns partiu do próprio Executivo, que enviou para aprovação da Câmara projeto de lei nesse sentido. O projeto recebeu alguns substitutivos e, após louváveis intercessões do confrade Antônio Vilela, que se fez ativamente presente a todas as discussões e pugnou pela realização de algumas correções, foi aprovado em primeira e segunda votações, nos dias 19 e 21 de novembro de 2013. A modificação pegou a muitos de surpresa, despertando na população o interesse pelo conhecimento de sua história, e foi amplamente divulgada pelos meios de comunicação locais e regionais, inclusive fomentando reportagens televisivas.

Assim, após árduos esforços, no dia 10 de março de 2014, a partir das 19h, foi formalmente inaugurada a sede do Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Garanhuns, no simbólico Dia de Garanhuns. Foi uma noite de júbilo para a História do município. O casarão de Souto Filho, que havia passado por recente restauração, recebeu representantes do Poder Público e de instituições afins, como o Centro de Estudos de História Municipal e o Instituto Histórico e Geográfico de Vitória de Santo Antão. Na ocasião, foi lançado o selo comemorativo dos 203 anos, com a participação de um representante dos Correios, e também o livro "Pingos de Garanhuns", de dona Arlinda da Mota Valença (volume 1 da Coleção Instituto Garanhuns). Após brilhantes conferências, entre as quais se notabilizaram as dos confrades Gonzaga de Garanhuns e Marcílio Reinaux, todos confraternizaram em um coquetel. A mídia também compareceu em massa e registrou o acontecimento.

Transcorridos esses dois anos, é verdade que ainda há muito por fazer. O principal desafio continua sendo o de dotar Garanhuns de um Museu Histórico, inciativa antiga e, no passado, sempre malograda. Mas o fato é que o Instituto - e, por tabela, toda Garanhuns - já apresentam alguns feitos a comemorar. Lembramos: a intermediação, junto ao Arquivo Público Estadual e à Prefeitura, para a reorganização do Arquivo Público Municipal de Garanhuns; a composição de uma biblioteca, com importantes doações, como a do Centro de Estudos de História Municipal e a da conterrânea e imortal da Academia Pernambucana de Letras, Luzilá Gonçalves Ferreira; a participação ativa por ocasião do Festival de Inverno de 2014, com a realização de uma série de atividades de cunho memorialístico e cultural (exibição de documentários, lançamentos de cds e livros, palestras e discussões); e, mais recentemente, a realização da 1ª Semana do Cinema/Cine Chicó Grossi.

A par disso, o Instituto também tem buscado estreitar vínculos, como as iniciativas empreendidas junto ao Instituto Histórico e Geográfico de Vitória de Santo Antão e à Academia Escadense de Letras, e tem até servido de inspiração para a criação de institutos-irmãos em Catende e Escada.


Os desafios são muitos, sim, mas esta Terra de Simoa Gomes não pode esquecer do permanente compromisso que tem para com a preservação da sua História, Geografia e Cultura. 


Que venham os próximos capítulos!


sábado, 13 de dezembro de 2014

CINE CHICÓ GROSSI - Instituto Histórico promoveu a 1ª semana de Cinema



O Instituto Garanhuns, promoveu de 09 a 12 de dezembro, a primeira semana do Cine Clube Chicó Grossi, foram exibidos os documentários Canudos -  de Gutemberg Cariri, A Hecatombe de Garanhuns,  Sobral - O Homem que não tem Preço - de Paula Fiuza, e Doce Brasil Holandês - de Monica Schimiedt.

Os documentários contaram com os debatedores Prof. Antonio Vilela,  Prof. Claudio Gonçalves, o advogado Dr. Paulo Couto Soares e o economista Audálio Filho, respectivamente.

O Instituto Histórico, Cultural e Geográfico de Garanhuns agradece a todos que prestigiaram as sessões do Cine Chicó Grossi. A intenção do IHGG é que em 2015  o cine funcione semanalmente.

O Cine Clube é uma  homenagem a Francisco Grossi, um dos mais importantes profissionais de cinema do interior do estado, com história ligada à Sétima Arte em Garanhuns.



sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

HOJE TEM “DOCE BRASIL HOLANDÊS” NO CINE CHICÓ GROSSI



Encerrando a 1ª semana de cinema do Cine Chicó Grossi, o Instituto Histórico, Cultural e Geográfico de Garanhuns, localizado na praça Dom Moura, de frente ao Centro Cultural, exibe hoje (12) a partir da 19:30h, com entrada franca, o documentário DOCE BRASIL HOLANDÊS, com destaque para o período do governo de Maurício de Nassau. O vice-presidente do Instituto, Audálio Filho será o debatedor do documentário.

Em 1630, aconteceu a segunda invasão holandesa no Brasil, mais especificamente em Pernambuco, a região de maior produção de açúcar do país. A partir dali, foram 24 anos de domínio da região nordeste pelos holandeses, sete dos quais liderados pelo conde alemão Maurício de Nassau, que construiu a antiga cidade Maurícia, atual Recife. Apesar dos conflitos, a época é considerada pelos pernambucanos a melhor fase da história da região; e Nassau é tido por muitos ainda como um ídolo. 

No documentário, a historiadora alemã Sabrina Van Der Ley, descendente de holandeses sai em busca das influências de seus antepassados e conhece representantes das famílias Vanderley e Wanderley. Dirigida e produzida por Monica Schmiedt, a obra tem como cenário a cidade brasileira de Recife; e as alemãs Amsterdã e Berlim. Como pano de fundo, especialistas ajudam a contextualizar o período da cana no Brasil

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

IHGG - CINE GROSSI APRESENTA "SOBRAL, O HOMEM QUE NÃO TEM PREÇO"



O Cine Clube Chico Grossi, promovido de 09 a 12 de dezembro, pelo Instituto Histórico, Geográfico e Cultural  de  Garanhuns, exibe hoje (11), o filme "SOBRAL, O HOMEM QUE NÃO TEM PREÇO", e contará com a presença do Dr. Paulo Couto Soares - OAB, debatendo sobre o golpe de 64 sob a ótica de Sobral Pinto.  

Em 1999, um jovem advogado tem acesso a arquivos secretos de áudio do Superior Tribunal Militar, e encontra registros impressionantes de defesas de presos políticos durante a ditadura, um raio X dramático dos anos de chumbo.  

Nas gravações, umas das vozes que mais se ouve, indignada e desafiante, é a do jurista Sobral Pinto. A partir da descoberta destes arquivos históricos, o filme "Sobral -- O Homem que Não Tinha Preço" leva o público a conhecer a figura singular de Sobral Pinto: a coragem, a ética, o humor, a fé, a luta incansável pela justiça - sem cobrar honorários nem aceitar favores.  


Com depoimentos de personagens como Luís Carlos Prestes e sua filha Anita Leocádia, Zuenir Ventura, e do próprio Sobral, impagável em seus relatos e opiniões, o filme resgata um dos maiores advogados da história do Brasil, que colocou a justiça acima de qualquer ideologia e desafiou todos os ditadores brasileiros do século 20, tornando-se um dos maiores defensores dos direitos humanos de que já se teve notícia. 

A exibição  acontece na sede da Instituição, na Praça Dom Moura, de frente ao Centro Cultural, em Garanhuns. a partir da 19h, e  a entrada é franca. 
 

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

INSTITUTO HISTÓRICO PROMOVE CINE CLUBE EM GARANHUNS


O Instituto Garanhuns, criado recentemente na Suíça Pernambucana, estará promovendo de 09 a 12 de dezembro o Cine Clube Chico Grossi, com filmes com conteúdos históricos e debates com professores e estudiosos sobre cada tema. As exibições acontecem na sede da Instituição, na Praça Dom Moura, de frente ao Centro Cultural, em Garanhuns.

O Cine Clube faz homenagem a Chico Grossi, um dos mais importantes profissionais de cinema do interior do estado, com história ligada à Sétima Arte em Garanhuns.

As exibições acontecem sempre às 19h e a entrada é franca.

Confira a programação:

Terça-feira (09)
Canudos - Documentário de Gutemberg Cariri
Debatedor - Prof. Antônio Vilela

Quarta-feira (10)
A Hecatombe de Garanhuns - Documentário
Debatedor - Prof. Cláudio Gonçalves - Pres. do IHGG

Quinta-feira (11)
Sobral Pinto - O Homem que não tem Preço
Debatedor - Dr. Paulo André Couto - Pres. OAB Subseção Garanhuns

Sexta-feira (12)
Doce Brasil Holandês - Documentário de Monica Schimiedt
Debatedor - Audálio Ramos Machado Filho - Economista
  


domingo, 7 de dezembro de 2014

LIVRO ¨NA LINHA DO TREM: A HECATOMBE¨ DA ESCRITORA GARANHUENSE ILIA BEZZERAT



Garanhuns é uma cidade com vocação para o turismo encravada na Serra da Borborema no Estado de Pernambuco, no Nordeste brasileiro, famosa pelas suas belezas naturais, suas fontes de água mineral, seus jardins urbanos e pelo clima ameno que lhe rendeu o título de "Suíça Pernambucana", foi palco em 1917 de um violento evento chamado "A Hecatombe de Garanhuns" quando membros de uma importante facção política foram assassinados por vingança pelo assassinato do chefe da facção contrária.

Oitenta e seis anos depois, isto é, em 2003 encontramos Killian Cardoso-Duarte Hewet, filho de uma empresária de família tradicional, Lídia, mais conhecida por Lili, e de um médico irlandês, Joseph, a estudar o evento para apresentar num seminário com os colegas na escola. Descobre que não há registro de participação de sua família na "Hecatombe" e isso o leva a uma busca sobre o passado do seu lado brasileiro ao mesmo tempo que usa o mistério para atravessar uma fase difícil de sua vida quando o relacionamento quase inexistente entre ele e sua mãe e o padrasto se transforma aos poucos em atos de desafio e agressões.


 A esposa de um agricultor, um cabeleireiro, um professor de artes apaixonado por teatro e uma ex-miss surgem nesta procura com pistas que ele segue incansavelmente até descobrir a verdade que envolve sua família no tempo áureo do Coronelismo.

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