sexta-feira, 26 de abril de 2024

SÍMBOLOS OFICIAIS DO MUNICÍPIO DE GARANHUNS COMPLETARAM 66 ANOS - POR MAXWELL BENTO (IHGCG)

 



    Criado em 10 de março de 1811 o município de Garanhuns só foi instituir seus símbolos oficiais 147 anos depois, em 06 de março de 1958 através da Lei Municipal Nº 457, sancionada pelo então prefeito Cel. Francisco Simão dos Santos Figueira, depois de projeto aprovado na Câmara de Vereadores do município. Em 06 de março de 2024, completaram 66 anos desse ato institucional e de grande valor histórico.

    Nessa lei o gestor municipal oficializou a bandeira, o brasão de armas e a flâmula, criados pelo monge beneditino Ir. Paulo Ernst Lachenmayer - OSB, um mestre nas artes, que baseado nas normas da heráldica concebeu os símbolos garanhuenses, depois de solicitação do também monge Dom Gerardo - OSB, no ano de 1957 e doados a Prefeitura de Garanhuns como presente do Arquiabade do Mosteiro de São Bento da Bahia.

Dom Paulo Ernst Lachenmayer - OSB
Nascido na Alemanha em 1903, o criador dos símbolos
de Garanhuns viveu no Mosteiro de São Bento da Bahia
e faleceu em Salvador, em 07 de abril de 1990

    Muito habilidoso e articulado politicamente dom Gerardo fez a ponte entre o Mosteiro de Garanhuns e o de Salvador, e em sintonia com o prefeito Francisco Figueira, fez a encomenda dos nossos símbolos baseados nas características marcantes da Suiça Pernambucana, como se segue:

O branco simboliza a paz

O vermelho a autenticidade e fortaleza dos filhos da terra;

Os três anuns indicam que Garanhuns conhece e busca ideias elevadas;

As três esferas de cores azul e branco representam as fontes de águas minerais: Vila Maria, Paulo Amarelo e Serra Branca.


Bandeira de Garanhuns (1957)
Desenho original ofertado a Prefeitura de Garanhuns


Flâmula de Garanhuns (1957)
Desenho original ofertado a Prefeitura de Garanhuns


Brasão de Armas de Garanhuns
Após sua instituição passou a ser utilizado em todos os
documentos oficiais do município


Termo de doação dos símbolos municipais a
Prefeitura de Garanhuns escrito a punho
por Dom Paulo no início de 1958



Lei Nº 457 de 06 de março de 1958
Até então eram utilizados os símbolos do Estado de Pernambuco
nas documentações do município


Mosteiro de São Bento de Salvador-Bahia
Nesse local foram criados os símbolos do Município de Garanhuns


INSTITUTO HISTÓRICO, GEOGRÁFICO E CULTURAL DE GARANHUNS

Por MAXWELL BENTO (sócio fundador e Diretor Financeiro do IHGCG)

Colaboraram para o artigo:

Pesquisador Paulo Sérgio Ferreira - IHGCG
Dom Basílio Magno - OSB
Professor Cláudio Gonçalves - IHGCG
Neile Barros - ex-Secretária Municipal de Turismo e Cultura (in memoriam)

OBS: Artigo publicado originalmente em 06/03/2018. Com adaptações contextuais.

quinta-feira, 25 de abril de 2024

REVOLUÇÃO DOS CRAVOS EM PORTUGAL - 50 ANOS - HOMENAGEM DO IHGCG


50 ANOS DA REVOLUÇÃO DOS CRAVOS EM PORTUGAL

     Na noite de 24 para 25 de Abril de 1974, há 45 anos, pelas 22h 55m, era dado o sinal para ultimar a saída dos quartéis, através dos estúdios da Rádio Renascença que colocou “no ar” a conhecida canção de Paulo de Carvalho, “E Depois do Adeus”.

    A Guerra Colonial que lavrava em algumas das possessões portuguesas em África terá sido a razão mais forte para o desencadear da Revolução. Mas outras houve que também tiveram a sua quota-parte de influência, nomeadamente o facto de Portugal ter a mais velha ditadura da Europa com os seus organismos repressivos e a circunstância do choque do preço do petróleo do ano anterior ter trazido dificuldades acrescidas ao tecido empresarial português. O agravamento da situação militar, o livro de António Spínola (“Portugal e o Futuro”) e as vozes da oposição foram contribuindo, também, para o aumento da contestação da sociedade civil e, sobretudo, dos militares.


    A saída das Forças Armadas dos quartéis na madrugada de 25 de Abril de 1974, mais bem-sucedida que a intentona das Caldas da Rainha, no mês anterior, concretizou, de facto, a ação revolucionária que pôs fim ao regime de ditadura que vigorava desde 1926.

A ação militar, foi coordenada pelo major Otelo Saraiva de Carvalho, e teve início, como acima se viu, cerca das 23 horas do dia 24 com a transmissão, da canção “E Depois do Adeus”, de Paulo de Carvalho. Era a primeira indicação aos envolvidos no processo de que as operações estavam a decorrer com normalidade.


    Às 00h 20m já do dia 25 de Abril, era transmitida a canção “Grândola, Vila Morena”, de José Afonso. Estava dado o sinal de que as unidades militares podiam avançar para a ocupação dos pontos considerados estratégicos para o sucesso do ato revolucionário, como as estações de rádio e da RTP, os aeroportos civis e militares, as principais instituições de direção político-militar, entre outros.


    Com o fim da resistência do Regimento de Cavalaria 7, a única força que saiu em defesa do regime em confronto com o destacamento da Escola Prática de Cavalaria de Santarém comandado pelo capitão Salgueiro Maia, no Terreiro do Paço, e com a rendição pacífica de Marcello Caetano, que dignamente entregou o poder ao general António Spínola, terminava, ao fim da tarde desse mesmo dia, o cerco ao quartel da GNR, no Carmo, e concluía-se, com êxito, a operação “Fim do Regime”.


    Entretanto, já o Movimento Militar era aclamado nas ruas pela população portuguesa, cansada da guerra e da ditadura, transformando os acontecimentos de Lisboa numa explosão social que se estendeu espontaneamente a todo o país, assumindo, assim, as características de uma autêntica revolução nacional que, pela sua índole pacífica, ficaria conhecida como a “Revolução dos Cravos”.


    O 25 de Abril de 1974 instaurou o atual regime democrático. O país passou a ser governado por uma Junta de Salvação Nacional que tomou as medidas que haveriam de extinguir, de imediato, o Estado Novo: foram destituídos os órgãos de poder (Governo, Presidente da República, Assembleia Nacional e Conselho de Estado), destruídas as estruturas repressivas (PIDE/DGS); extinta a Censura, a Legião e Mocidade portuguesas, libertados os presos políticos e assumiu-se o compromisso de criar condições para realizar eleições livres e democráticas, no prazo máximo de um ano. A Guerra Colonial chegou ao fim e criaram-se as condições necessárias e possíveis, naquela conjuntura bastante complexa, para negociar a independência das várias colónias portuguesas.



https://viajandonotempo.blogs.sapo.pt/a-revolucao-dos-cravos-tem-46-anos-53778

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Nascimento da SUDENE, a visita do Presidente Juscelino Kubitschek a Garanhuns - 1959

Chegada de JK no Aeródromo localizado onde hoje é o IFPE




    Há 65 anos, no dia 25 de abril de 1959, o Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira (JK), veio à Garanhuns a fim de presidir a instalação do Conselho de Desenvolvimento do Nordeste (Codeno) para o início do funcionamento da Operação Nordeste (Openo)., a realização do Seminário para o Desenvolvimento do Nordeste, presidido pelo Governador de Pernambuco Cid Sampaio, foi determinante para a posterior (dezembro de 1959) criação da Sudene, idealizada pelos bispos do Nordeste e pelo economista e Ministro Celso Furtado. Naquele dia Garanhuns se tornou a capital da República.

    Fato pitoresco: centenas de estudantes garanhuenses aguardaram o Presidente na Praça Tavares Correia (O Seminário aconteceu na Rádio Difusora de Garanhuns), a Sra. Vera Maria da Costa Ramos, então estudante do Colégio Santa Sofia, relata que "desabou uma trovoada pouco antes da chegada do presidente, e todos ficaram encharcados, mas ninguém arredou o pé, esperando JK".



Auditório da Rádio Difusora - Abertura do Seminário

DISCURSO DO PRESIDENTE JK NA ABERTURA DO SEMINÁRIO:

GARANHÜNS, 25 DE ABRIL DE 1959 NA INAUGURAÇÃO DO SEMINÁRIO PARA O DESENVOLVIMENTO DO NORDESTE. 

    Aqui estamos nesta cidade de Garanhunsj tão decidida no seu esforço, por tornar-se um centro ativo de progresso, a fim de realizar um seminário que congrega homens de empresa de numerosas regiões do país e autoridades responsáveis pelo planejamento e execução da Operação Nordeste. 
    Anima-nos a todos um só propósito, uma só aspiração e uma só esperança, que é promover a aceleração do desenvolvimento harmônico do Brasil. Chegamos à conclusão de que o nosso próprio crêscimento será perigoso para o equilíbrio da Nação, se persistir a terrível coexistência de zonas cada vez mais prósperas com outras estagnadas, sob o trágico domínio do subdesenvolvimento. A Operação Nordeste não é um ato de simples réparação de situações injustas, a correção do desnível entre as partes do Brasil, mas um ato de prudência, de salvaguarda da unidade nacional e de alta política. 
    Não é apenas o Nordeste que está interessado em levar adiante esta obra de importância vital, mas todo o país; não é apenas o meu Governo que se beneficiará . dos resultados desta ação criadora que estamos inaugurando, mas todo o povo brasileiro. Vamos provar que não existem trechos do Brasil  inaproveitáveis, ou que devam ser considerados irreprodutivos e condenados à pobreza definitiva. Vamos provar que só há estagnação e subdesenvolvimento onde não foi encontrada uma interpretação exata para as dificuldades e peculiaridades regionais. 
    Vamos provar que a razão estava com os que sustentaram que este pedaço do Brasil, tão amado por seus filhos, poderia encontrar a redenção do desenvolvimento se o examinássemos com verdadeiro interesse, com a consciência e o conhecimento indispensáveis. Estou certo de que, deste seminário que vai ser levado a efeito e onde serão discutidas tantas teses de profundo interesse para os fins que perseguimos, surgirá a revelação de que esta parte do Brasil poderá transformar-se numa das bases da prosperidade geral. Um país como o nosso necessita da assistência e da solidariedade de todos os seus filhos. 
    Temos de Pensar e agir em comunhão para enfrentar esta floresta de dificuldades que, há tanto tempo, oferece obsr táculos ao avanço desta Nação. Estou certo de que algo de positivo nascerá deste encontro, pois aqui estão presentes muitos dos homens práticos e corajosos que trabalham para que sejamos um grande país. 
    Nestas breves palavras, quero apenas dar-vos a segurança de que o Governo está disposto a enfrentar quaisquer dificuldades ou oposições para complementar as realizações que, patriòticamente, vos dispuserdes a empreender nesta zona. Juntos venceremos eventuais tropeços burocráticos que tentem retardar vossa ação. Ordens terminantes já estão sendo dadas em tal sentido, e homens suficientemente prevenidos estão à frente da Operação Nordeste. 
    Jamais a Nação tanto necessitou da experiência, da coragem, da imaginação de seus empresários e homens de iniciativa, como nesta Operação Nordeste. Tendes o privilégio de participar de uma hora decisiva do nosso país. Muito esperamos de vós. Vosso trabalho e disposição para a luta se revestem de significado que transcende de muito o plano dos negócios. 
    O que ides fazer aqui diz respeito a um ato de grandeza. A sorte e a libertação de muitos milhões de brasileiros, subjugados e vencidos pela estagnação econômica, depende de vosso esforço e energia. Participais de uma ação viril e de um ato de vontade, inaugurais a epopéia da recuperação nordestina. Deveis ser gratos ao destino, que vos proporcionou a possibilidade de acrescentar, ao vosso trabalho de expansão e enriquecimento, um caráter libertador, um sentido elevado de redenção do Brasil, um aspecto relevante do dever de salvar o homem, que aqui luta e sofre. 

Silvio Apolinário de Araújo entrega escultura de Renato Pantaleão ao Presidente JK, sob as vistas do Governador Cid Sampaio, Prefeito interino Pedro de Souza Lima e estudante Airtón Diógenes Ivo Ubirajara.



 

quarta-feira, 17 de abril de 2024

terça-feira, 16 de abril de 2024

Antigo Postal de Garanhuns -Av. Santo Antonio (vista parcial de Garanhuns) - Foto Veneza

VISTA PARCIAL DE GARANHUNS - ENTRE 1930/1940 - FOTO VENEZA


PREFEITOS DE GARANHUNS. 14º Prefeito: Coronel José de Almeida Filho (1919-1921) - Por Prof. Cláudio Gonçalves - IHGCG

 SÉRIE: PREFEITOS DE GARANHUNS.

14º Prefeito:  Coronel José de Almeida Filho (1919-1921)

Subprefeito: Coronel José de Souza Leão Pereira Viana. 

Não há registro do resultado da eleição de 1919.

   José de Almeida Filho foi um dos maiores empresários de Garanhuns, era proprietário da  Empresa de Melhoramentos de Garanhuns, explorando a primeira fonte de água da cidade, o Pau Pombo. A empresa prestava serviços de abastecimento de água, luz e telefone., beneficiando com a canalização de água potável às ruas Rosa e Silva (Dantas Barreto), XV de Novembro e Santos Dumont. (Tinha em seus quadros o Engenheiro Ruber van der Linden)

   Na sua gestão investiu na melhoria das estradas que davam acesso  aos povoados pertencentes ao município. Criou diversas escolas nos distritos, calçou ruas e avenidas, inaugurou o Monumento do Ipiranga no bairro da Boa Vista, em razão do centenário da Independência do Brasil.

 Em 1921 comprou com recursos  próprios o terreno pertencente ao dr. Maximus Niemeyer, onde havia um horto de eucaliptos com 40.000 mil árvores plantadas, (atual Parque Euclides Dourado), inaugurando o bosque de Eucaliptos, cujo objetivo era a criação de um parque,  em virtude, do fim do seu mandato, não conseguiu concluir o seu projeto. O prefeito Luiz de Barros Brasil conservou o bosque, e por fim o prefeito Euclides Dourado em 1925 transformou o horto de eucaliptos em Parque e Zoológico com a denominação de Parque Municipal ou Parque dos Eucaliptos. Atualmente Parque Euclides Dourado.





terça-feira, 26 de março de 2024

PREFEITOS DE GARANHUNS. 12º Prefeito: Coronel Joaquim Alves Barreto Coelho e 13º Prefeito: Pedro Ivo da Silva - Por Prof. Cláudio Gonçalves - IHGCG


SÉRIE: PREFEITOS DE GARANHUNS.

12º Prefeito: Coronel Joaquim Alves Barreto Coelho (1917-1918)

Presidente do Conselho Municipal, assumiu o cargo de prefeito após a prisão de Thomaz Maia, em 03 de março de 1917. Thomaz Maia foi preso sob acusação de ter fornecido querosene para incendiar as casas das vítimas da Hecatombe. Foi inocentado da acusação dezembro de 1918.

13º Prefeito: Pedro Ivo da Silva (1918-1919)

Não há registro do resultado da eleição de 1918.
Atuou na reestrutura das atividades econômicas abaladas com a Hecatombe de Garanhuns e pacificação da cidade.

PREFEITOS DE GARANHUNS. 11º Prefeito: Capitão Thomaz da Silva Maia - Por Prof. Cláudio Gonçalves - IHGCG

 SÉRIE: PREFEITOS DE GARANHUNS.

11º Prefeito: Capitão Thomaz da Silva Maia.
(Tomou posse do cargo no lugar do prefeito eleito tenente-coronel Júlio Brasileiro, após a anulação da primeira eleição e depois do assassinado de Júlio Brasileiro no Café Chile, Recife, em 14 de janeiro de 1917).
Mandato: 15 de novembro de 1916 a 03 de março de 1917.
Prefeito eleito: Tenente-coronel Júlio Euthymio da Silva Brasileiro
Subprefeito: Thomaz da Silva Maia.
Primeira eleição: 10 de julho de 1916 - Júlio Brasileiro 1.114 votos e Dr. José da Rocha Carvalho 428 votos (A eleição foi anulada pois o candidato Júlio Brasileiro exercia o cargo de deputado e não poderia concorrer ao cargo de prefeito antes da conclusão do mandato, mas o governador Manoel Borba, anulou a eleição e marcou um novo pleito. A oposição insatisfeita com a decisão retirou a candidatura.
Com a anulação da eleição, o Capitão Thomaz da Silva Maia tomou posse do cargo de prefeito de Garanhuns em 15 de novembro de 1916, permanecendo a frente da administração municipal até 03 de março de 1917, quando é preso sob acusação de ter fornecido querosene para os jagunços incendiarem as casas comerciais das vítimas da Hecatombe de Garanhuns. Provada sua inocência retorna a Garanhuns em dezembro de 1918, mas não assumi o cargo de prefeito.
Segunda eleição: 07 de janeiro de 1917 - Tenente-coronel Júlio Euthymio da Silva Brasileiro, candidato único, 1.232 votos.
Júlio Brasileiro não chegou a tomar posse. No dia 14 de Janeiro de 1917 foi assassinado no Café Chile em Recife pelo Capitão Francisco Sales Vila Nova, que dois dias antes, ao voltar a noite para casa foi cercado por seis homens mascarados e barbaramente espancado a bengaladas e chicotadas de cipó-de-boi, reconhecimento entre os agressores, o secretário da prefeitura, Fausto Galo, o irmão e o sobrinho de Júlio Brasileiro. O assassinato de Júlio Brasileiro, desencadeou uma revolta e um desejo de vingança contra os adversários políticos de Júlio Brasileiro, os chefes políticos jardinistas, os quais sem ter nenhuma participação no crime, eram acusados por alguns familiares e correligionários de Júlio Brasileiro de terem planejado a morte do chefe político. Na manhã de 15 de janeiro a cidade, centenas de homens armados invadiram a cidade jurando vingança. Sofrendo ameaças e correndo risco de vida, Sátiro Ivo, Dr. Antônio Borba Junior, Francisco Veloso, Manoel Jardim e os irmãos Argemiro e Júlio Miranda, são convencidos a ser recolherem a cadeia, sob a proteção do tenente-delegado Meira Lima. A tarde a cadeia é invadida por dezenas de homens armados mesmo com toda resistência do cabo Cobrinha, sargento Pedro Malta e dos praças Ezequiel Cabral de Souza, Manoel João de Oliveira, Pedro Antônio Dias e Francisco Maciel Pinto. O que se sucede é uma tragédia, com o assassinato de todos os principais chefes políticos jardinistas e do jovem Gonzaga Jardim, que minutos antes da invasão fora a cadeia visitar o tio Manoel Jardim. Essa página triste da nossa história política ficou conhecida nacionalmente como a Hecatombe de Garanhuns.






segunda-feira, 11 de março de 2024

INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO COMEMORA OS 213 ANOS DE GARANHUNS

    Com várias atividades, o IHGCG - Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Garanhuns, homenageia os 213 anos de criação do Município de Garanhuns - 10/03/1811 -. Entre as ações visitas à escolas, entrevistas em rádios locais, divulgação e debates em redes sociais, Missa de Ação de Graças na Catedral de Santo Antônio, e culminando com uma sessão solene no próximo dia 15 de março, às 19h, no Auditório da CDL, na Praça João Pessoa.

CARTA RÉGIA DE 1811 QUE CRIOU O MUNICÍPIO DE GARANHUNS

     O Município de Garanhuns foi criado pela Carta Régia do Príncipe Regente, D. João, que em 10 de Março de 1811, atendendo ao Governador de Pernambuco, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, elevou a povoação de Garanhuns, em Vila, que nada mais era que um ente representativo de municipalidade na administração portuguesa, o que determina sua prerrogativa de importância em relação a qualquer outra.


 Em 09 de setembro de 1950, através da Resolução nº144, o Prefeito de Garanhuns Dr. Luiz da Silva Guerra, fixou o dia 10 de Março, por ser o dia da criação da Vila de Garanhuns.

       É importante destacar que a redação da Resolução nº 144 foi dada pela Emenda ao Substitutivo ao Projeto 03/1950, de autoria do Vereador Alfredo Leite Cavalcanti, nada mais nada menos que o principal historiador garanhuense, que propôs que se emendasse o substitutivo adicionando-se ao art. 1º com inclusão do dia 10 de Março "por ser a data da criação da vila de Garanhuns por carta Régia de 10 de Março de 1811; ficando esta data denominada “Dia de Garanhuns”.


              SELO COMEMORATIVO LANÇADO NOS 203 ANOS DE GARANHUNS EM 2014




terça-feira, 5 de março de 2024

Data Magna de Pernambuco - 207 anos da Revolução Pernambucana de 1817 - Por Ígor Cardoso

 Publicado originariamente em 06 de março de 2019.

06 de março - Data Magna 


Minha mente é crítica como os versos de Chico Science. Meu coração é maracatu, puro batuque de alfaias. Meu espírito reluz como um caboclo de lança em pleno canavial. Meus pés desafiam a gravidade e o impossível: são passos de frevo, a flertarem com sonhos esvoaçantes e multicoloridos. 

Meu sentimento é xodó, malemolente como um baião gonzagueano na voz de Seu Domingos. Sou História bonita de se contar. Sou Duarte Coelho, e Maurício de Nassau, e Zumbi dos Palmares, e Frei Caneca. Sou também dona Brites, e dona Ana Paes, e Simoa Gomes. Leonino, pertenço à Pátria Imortal dos Leões do Norte, à Nova Lusitânia brasileira. 

E hoje relembro nosso rugido de liberdade contra a opressão - nem o primeiro, nem o último. Fomos, somos e seremos resistência: Pernambuco não se dobra! Feliz pernambucanidade a todos! Ad Altiora Tendere!

Por Igor Cardoso
Sócio Fundador do Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Garanhuns - IHGCG


IHGCG, IAHGP e a Grande Loja Maçônica de Pernambuco prestam homenagem aos heróis de 1817:

Painel afixado na sede do Instituto Histórico,

Geográfico e Cultural de Garanhuns em 2017


segunda-feira, 4 de março de 2024

PREFEITOS DE GARANHUNS - 10º PREFEITO: CORONEL FRANCISCO VIEIRA DOS SANTOS - POR CLÁUDIO GONÇALVES DE LIMA (IHGCG)

 10º Prefeito: Coronel Francisco Vieira dos Santos

Mandato: 1913 a 1916.
Eleito com o apoio do tenente-coronel Júlio Brasileiro, no final do seu mandato rompeu com o chefe político do município, formando uma chapa oposicionista para concorrer as eleições de 1916, encabeçada pelos doutores José Rocha de Carvalho e Antônio Borba Junior, que receberiam o apoio da ala política Jardinista, que com o rompimento entre o governador Manoel Borba e o general Dantas Barreto, perceberam um enfraquecimento de Júlio Brasileiro e a possibilidade de uma vitória da oposição na próxima eleição, marcada para 10 de julho de 1916.

PREFEITOS DE GARANHUNS - 9º PREFEITO: JÚLIO EUTHYMIO DA SILVA BRASILEIRO - POR CLÁUDIO GONÇALVES DE LIMA (IHGCG)

 9º Prefeito: Tenente-coronel Júlio Euthymio da Silva Brasileiro Mandato: 1912 a 1913.

Eleição para concluir o mandato de Argemiro Miranda - Resultado para Prefeito: Coronel Júlio Euthymio da Silva Brasileiro 1.137 votos e Coronel Hemeterio Pinto da Silva Souto 331.
Na sua administração deu inicio a arborização da cidade, ao processo de eletrificação e água encanada. Com apoio federal criou o campo de lavoura seca (localizado no atual Parque Euclides Dourado), inaugurou um telegrafo na Rua do Comércio e abriu duas estradas de rodagens que ligavam Garanhuns a Correntes e a Águas Belas. Durante o seu governo, o tenente-coronel Júlio Brasileiro abriu mão dos seus vencimentos do cargo em favor das obras de caridades.



segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

PREFEITOS DE GARANHUNS - 8º PREFEITO: ARGEMIRO TAVARES DE MIRANDA POR CLÁUDIO GONÇALVES DE LIMA (IHGCG)

8º Prefeito: Coronel Argemiro Tavares de Miranda.

Eleição realizada em 22 de março de 1911.

Não há registro dos resultados da eleição.

Mandato: 1911 a 1912.

No seu governo investiu na infraestrutura da cidade, com destaque para a iluminação pública, limpeza da cidade e a reestruturação de algumas ruas. Renunciou ao cargo em 30 de março de 1912, devido às perseguições políticas do governador Dantas Barreto a todos os aliados políticos do senador Rosa e Silva.

P.S. Foi assassinado na Hecatombe de Garanhuns em 15/01/1917.



PREFEITOS DE GARANHUNS - 7º PREFEITO: ANTÔNIO ISAAC DE MACEDO. POR CLÁUDIO GONÇALVES DE LIMA (IHGCG)

7º Prefeito: Antônio Isaac de Macedo.

Subprefeito: Joaquim Ferreira da Silva Leal.

Mandato: 1910 a 1911

Eleição - Resultado para Prefeito: Antônio Isaac de Macedo 692 votos e Dr. Francisco Acioli Lins 70 votos.
Resultado para Subprefeito: Joaquim Ferreira da Silva Leal 694 votos, Francisco Bezerra Vanderlei 69 votos e Soriano de Carvalho Furtado 63 votos.

Antônio Isaac de Macedo foi eleito com o apoio dos Jardinistas, mas no final de 1910 deixou a ala Jardim e juntou-se ao grupo político chefiado pelo tenente-coronel Júlio Brasileiro para apoiar a candidatura do general Dantas Barreto ao governo de Pernambuco. Isaac de Macedo renunciou ao cargo em fevereiro em 1911, sendo realizada novas eleições para prefeito de Garanhuns em março daquele ano.



quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

PREFEITOS DE GARANHUNS - 6º PREFEITO: COMENDADOR E PROFESSOR MANOEL CLEMENTE DA COSTA SANTOS. POR CLÁUDIO GONÇALVES DE LIMA (IHGCG)

 SÉRIE: PREFEITOS DE GARANHUNS.

6º Prefeito: Comendador e professor Manoel Clemente da Costa Santos (Fundador da primeira escola primária de Garanhuns).
Subprefeito: Capitão Miguel Quirino dos Santos.
Mandato: 1907 a 1909.
Eleição - Resultado para Prefeito: Comendador e professor Manoel Clemente da Costa Santos 527 e o Coronel Antônio de Moraes Campelo 126 votos.
Resultado para Subprefeito: Capitão Miguel Quirino dos Santos 521 e Luís de Barros Correia Gordinho 142 votos.
Com a morte do Juiz Luís Afonso de Oliveira Jardim, chefe político do município, seu irmão coronel Manoel Antônio de Azevedo Jardim, assumiu a chefia política do município, mas não conseguiu eleger o candidato da ala Jardinista.
O comendador Manoel Clemente da Costa não fez uma boa administração, não tendo realizado nenhuma obra relevante em seu governo o que concorreu para o fortalecimento da ala Jardinista. Manoel Clemente renunciou ao mandato faltando um ano para terminar, assumindo o subprefeito capitão Miguel Quirino dos Santos, que concluiu o período de governo.

Fonte: Estação da Great Western - Garanhuns (Almanak de 1911)




PREFEITOS DE GARANHUNS - 5º PREFEITO: TENENTE CORONEL FRANCISCO VELOSO DA SILVEIRA. POR CLÁUDIO GONÇALVES DE LIMA (IHGCG)

 SÉRIE: PREFEITOS DE GARANHUNS.

5º Prefeito: Tenente-coronel Francisco Veloso da Silveira
Eleito para um segundo mandato - (1904 a 1907).
Continuou as obras de melhoria de infraestrutura da cidade, de pavimentação das ruas e iluminação pública. Reformou a cadeia pública, onde em 1917 seria uma das vítimas da Hecatombe de Garanhuns.

Ten. Cel. Francisco Veloso da Silveira

Antiga Cadeia Pública - hoje Compesa na Praça Irmãos Miranda -Garanhuns