segunda-feira, 28 de maio de 2012

X Festival Cultural do Quilombo Est...

Blog do Ronaldo Cesar: Programação do X Festival Cultural do Quilombo Est...
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A PRISÃO ARBITRÁRIA DE SOUTO FILHO EM 1931: O IMPO...

ANCHIETA BARROS: A PRISÃO ARBITRÁRIA DE SOUTO FILHO EM 1931: O IMPO...http://anchietabarros.blogspot.com.br/

Gerusa Souto Malheiros

A farmácia de Godofredo de Barros, conceituado farmacêutico, depois formado em medicina, situada na Avenida Santo Antônio, sempre representou para meu pai, o seu grande refúgio. Em muitas ocasiões eu o vi sentado na dita farmácia, rodeado de correligionários, principalmente aos sábados, dia da feira em Garanhuns. Farmácia dos Pobres, era o seu nome. Na sua velha paisagem da infância, creio que papai se sentia feliz alí, no convívio de pessoas simples e fiéis da sua terra, mais venturosa, estou certa do que no Congresso Nacional, na época funcionando no Palácio Tiradentes do Rio de Janeiro, pois no íntimo papai era também uma pessoa simples, despido de pompas.

Na mesma Avenida Santo Antônio, havia outra farmácia: a dos Lima, José e Jaime, filhos do grande amigo e compadre do meu pai, Florismundo Lima; Jaime era afilhado de meu pai. O número de afilhados dos meus pais, em Garanhuns, era incalculável. Geralmente, as afilhadas teciam lindas e primorosas rendas e as presenteavam à mamãe, desde as rendas de bilro até de "frivolité". Minhã mãe, durante toda sua vida, conservou uma caixa literalmente cheia dessas preciosas rendas.

Um desses afilhados foi o brilhante jornalista de Garanhuns, Ulisses Peixoto Pinto Filho, nosso estimado parente, filho de Felícia Souto, prima muito ligada ao meu pai. Ulisses deu grande cobertura no "O Monitor" jornal local.

Nelson Paes, outro parente recentemente desaparecido, muito se interessou pelo Centenário, demonstrando em todos os momentos, especial apreço a memória do meu pai.

Nelson era poeta e concorreu ao concurso no Centenário de Garanhuns. Foi o compositor vitorioso, condecorado naquela ocasião com justiça pelo Hino de Garanhuns Centenária, de sua autoria.

A vida atribulada de um político, só pode ser julgada pela posteridade. Papai sempre em contato com os seus longínquos eleitores (agreste e sertão) não se descuidava das suas bases e, sem aqueles contatos nenhum político sobreviveria, mesmo naquela época.

A fluidez e a elegância do seu estilo de vida, sempre impecavelmente vestido e apesar da sua baixa estatura, foi um homem elegantíssimo de uma elegância discreta.

Os seus ternos eram confeccionados por Nagib e Almeida Rabello, famosos alfaiates, radicados no Rio de Janeiro e os seus sapatos eram igualmente executados sob medida pelo sapateiro Cadete, muito conhecido no Rio, naquela época.

Usava camisas de colarinho duro com peito engomado e algumas vezes, a bengala. Uma delas trazia um punhal disfarçado, pois a Câmara dos Deputados Federais, nos idos de 1930, antes de ser deflagrada a Revolução, representava um ambiente de tensão entre os parlamentares de partidos opostos, sobretudo, depois que o deputado gaúcho Simões Lopes, matou covardemente, o deputado pernambucano Souza Filho, no recinto do plenário.

Souza Filho e meu pai, eram amigos fraternos e inseparáveis.

Creio mesmo, que Souza Filho representava para papai o irmão que ele não teve.

Pequenina, mas, me recordo do cáos e do vazio em nossa casa de Garanhuns, quando a dolorosa notícia nos chegou. Mamãe e papai, ficaram desolados, com essa enorme perda. De Souza Filho, me lembro muito vagamente, sei apenas que em todas as suas viagens à Europa (naquele tempo as viagens eram por mar), nos trazia lindas bonecas de Paris e Amsterdam para mim e para minha irmã, sem esquecer as bengalas e carros em miniaturas, para meu irmão.

De Haia, me trouxe certa ocasião um boneco holandês, vestido a caráter, que encantou minha infância por um longo período.

Souza Filho, comentava com muito humor, que saíra dos currais de Petrolina para a Câmara Federal e para os ambientes internacionais. Advogado militante em ascensão, ele e o meu tio Sebastião do Rego Barros, tinham juntos, rendoso escritório de advocacia, mas, ambos o fecharam, em busca de horizontes políticos na Câmara Federal.

Os dois se integraram completamente ao meio político e social daqueles tempos, vindo tio Sebastião a ser escolhido pelos seus pares, Presidente do Congresso Nacional.

Viveram tio Sebastião e Souza Filho, intensamente a "belle époque", porém, ambos possuíam como meu pai muito espírito público e jamais se aproveitaram dos seus mandatos e das suas elevadas posições, para a prática de negociatas e enriquecimentos ilícitos às custas do povo e da Nação.

Em meus arquivos e documentos de família, há uma correspondência de Souza Filho para meu pai e em uma delas, por demais interessante, onde menciona entre outras notícias, a bordo do transatlântico inglês, Arlanza, que Estácio Coimbra, considerava papai um "gênio político", pelos seus artigos no jornal "A Rua". Samuel Hardmann, médico dos meus avós maternos depois Secretário da Agricultura no Governo Estácio Coimbra, confirmou a papai, o que Souza Filho escrevera a bordo do navio, isto é, a apreciação conclusiva do Governador. Infelizmente, o "gênio político" se findou tão cedo, aos 51 anos incompletos, deixando uma lacuna sem precedentes, nas vidas tão jovens dos filhos, da esposa, dos familiares e dos amigos mais íntimos.

Preso em 1931, um ano após a Revolução de 1930, cheio de coragem e fortaleza interior, enviou à sua devotada esposa, esta carta, que aqui transcrevo, na qual, descreve sua arbitrária prisão.

"Casa de Detenção, 1º de novembro de 1931.

Chiquita:

Estou bem e quase restabelecido da gripe, só me resta a corisa e assim mesmo, atenuada. Aqui nada me tem faltado.

O "restaurant" Leite, tem me mandado as refeições.

Não me mandes mais nada, a não ser uma escova de cabelo e duas camisas de peito mole. (habitualmente, ele usava camisas de peito duro).

Estou alojado no gabinete médico.

Recomendo-te mais uma vez, toda a resignação, que te pode dar a tua fé cristã, muito propícia nestes momentos de provação moral. Esta situação é mais dura para ti do que para mim. O meu sofrimento único é não sofrerem tu e os queridos filhinhos.

Tudo passa. Não deves pedir a ninguém pela minha liberdade.

Confio na fortaleza do seu espírito e no ânimo dos filhinhos, que devem ir acostumando a ser fortes. Tenho dormido bem.

Façam de conta, que estou em Garanhuns, passando uns dias.

Beijos para ti, Esterzinha, Antony, Gerusinha e Claúdio.

Do teu

Soutinho."

Esta carta bem revela o espírito forte do meu pai; nessa fase dolorosa para qualquer homem, a de perder a sua liberdade e o de ser alvo de injustiças e mesquinhas perseguições de adversários políticos, em nenhuma hipótese mais dignos, do que o foi meu pai.

Ao ser recolhido à Casa de Detenção do Recife na madrugada de 30 de outubro, meu pai, como um preso comum, foi colocado numa cela de porta batida, incomunicável. No dia seguinte é que o deixaram no gabinete médico que chamavam de enfermaria. Passados três dias, o soltaram e a chegada à nossa residência, foi uma especie de apoteose: a casa ficou repleta de parentes e de incalculável número de amigos. Ele retornou, lembro-me, com aquele ar tranquilo de um ser humano com a sua estatura moral, da sua tranquilidade e da capacidade de não se abater com as vicissitudes que a vida sempre reserva aos homens públicos.

No seu rosto, continuava estampado aquele maravilhoso sentimento paternal, beijando e abraçando os seus quatro filhos. Lembro-me daquele intenso movimento de pessoas em nossa casa, todas, prestando solidariedade e testemunhos de apreço.

Recordo-me que nossos bons e saudosos amigos Dolores e Julio Santa Cruz, foram os primeiros a chegar.

Em seguida, o Secretário de Agricultura do Governador em exercício, João Cleófas de Oliveira, que lamentava e protestava tamanha arbitrariedade. Essas provas de leal afeição muito comoveram os meus pais, tão profundamente sensíveis aos testemunhos de afeto.

O tempo passou, a ditadura se instalou no País e um ano depois, eclodiu a Revolução Constitucionalista de São Paulo.

Papai disfarçadamente perseguido pelos donos do poder no Estado, resolver passar uma temporada no sul, afim de conseguir do seu primo e grande amigo General Pedro Aurélio de Goes Monteiro, a restituição da sua função de Curador Geral de Órfãos e Interdictos. A revolução de 1930, o demitira arbitrariamente dessa nobre função, mesmo sendo vitalícia. Demissão essa, sem nenhuma razão, apenas porque o Curador fôra figura de relevo no regime anterior.

Geralmente, em todas as Revoluções, são cometidas grandes injustiças, muitas arbitrariedades e perseguições.(fonte: do Livro Memórias de Amor, de Gerusa Souto Malheiros em homenagem ao seu pai, Dr. Antônio da Silva Souto Filho, Soutinho. Nasceu em 29 de agosto de 1886 e faleceu em 19 de julho de 1937 aos 51 anos. Foto: Casa onde a família de Souto Filho viveu, localizada à Praça Dom Moura nº 44).

quarta-feira, 23 de maio de 2012

A nova ordem e a força social - GAUDÊNCIO TORQUATO

http://rafaelbrasilfilho.blogspot.com.br/2012/05/nova-ordem-e-forca-social-gaudencio.html O Estado de S.Paulo - 20/05 A nova ordem e a força social - GAUDÊNCIO TORQUATO Maquiavel dizia: "Nada é mais difícil de executar, mais duvidoso de ter êxito ou mais perigoso de manejar do que dar início a uma nova ordem de coisas". E o cardeal Richelieu lembrava em seu testamento político: "O que é apresentado de súbito em geral espanta de tal maneira que priva a pessoa dos meios de fazer oposição, ao passo que quando a execução de um plano é empreendida lentamente a revelação gradual do mesmo pode criar a impressão de que está sendo apenas projetado e não será necessariamente executado". Entre as trilhas abertas por esses dois grandes formuladores da ciência política caminha o Brasil.

Quem garante que o País não se tem esforçado para abrir uma nova ordem de coisas pode estar acometido de cegueira partidária, essa que confere aos adversários (momentâneos) dos governos a capacidade de enxergar apenas por um olho, o da oposição. E quem defende a tese de que o edifício das reformas já está construído - e que tudo anda às mil maravilhas - é um habitante passional do condomínio governamental. Por sua lupa de lentes grossas, os feitos batem nas alturas. Nem uma coisa nem outra. O País faz consertos, sim, nas estruturas, mas o trabalho é lento. Os avanços não seguem o modelo "arrombar a porta" da Blitzkrieg. Por aqui a estratégia lembra mais a do general Quintus Fabius (275 a.C.-203 a.C.), conhecido por fustigar o cartaginês Aníbal Barca nas guerras do sul da Itália, nunca recorrendo ao confronto direto, mas "comendo pelas bordas". Faz mais nosso estilo. Quem não se lembra da angústia causada pelo abrupto confisco da poupança na era Collor?

Nas últimas duas décadas avançamos no terreno da racionalidade. Implantaram-se sistemas, métodos e programas voltados para o aprimoramento da gestão pública, da moralização dos padrões da política, da defesa dos direitos humanos, da igualdade entre classes e gêneros. Nossa democracia foi bastante lapidada. Na última semana mesmo, o País instalou a Comissão da Verdade, com o objetivo de investigar crimes perpetrados por agentes públicos, e ganhou a Lei de Acesso à Informação, pela qual os cidadãos tomarão conhecimento do que se passa nos municípios, Estados e União, em todos os Poderes. No rol de mecanismos para moralizar a gestão pública vale destacar a Lei de Responsabilidade Fiscal, de maio de 2000, que condiciona gastos de Estados e municípios à capacidade de arrecadar tributos. É mecanismo central para barrar a gastança de administradores que tentam pendurar-se na gangorra eleitoral. Mesmo assim, não é pequeno o número de entes federativos que levantam dificuldades para aplicar na plenitude aquele dispositivo, sob o argumento de que os orçamentos se têm estreitado. Como se vê, por aqui a cultura moralizante baixa a conta-gotas. E sob muita lentidão.

Ainda na trilha dos direitos humanos e da cidadania se pode apontar um conjunto normativo de muita significação, como a Lei Maria da Penha, contra agressões à mulher no ambiente doméstico e familiar; a Lei da Ficha Limpa, que torna inelegíveis candidatos e governantes às voltas com a Justiça; o Estatuto da Criança e do Adolescente; a lei das cotas, que garante reservas em vestibulares para negras e negros; o dispositivo que pune empresas por estabelecerem menor remuneração para mulheres que exercem a mesma função que homens; e a lei para o refugiado, considerada uma das mais avançadas do mundo no gênero, que deverá ampliar os direitos dos imigrantes. O acervo de instrumentos legais, como se pode concluir, é vasto e contempla os mais variado núcleos, categorias e esferas. Ao longo das legislaturas vão ganhando reparos, passando por ajustes e se incorporando às culturas administrativa e política. Moldam-se, paulatinamente, às pautas cotidianas e mesmo as leis que recebem protestos de setores organizados - caso da Lei Seca - acabam sendo aplaudidas. Chama a atenção o fato de que a nova ordem que se esboça resulta de uma forte ação social. Essa é a boa nova. O País alarga o caminho do aperfeiçoamento das instituições sob o empuxo de uma efervescente democracia participativa, como se vê na mobilização de caravanas que comparecem às audiências públicas no Congresso e às sessões do STF, cuja sintonia com a sociedade nunca foi tão afinada.

O movimento centrípeto - das bases para o centro da política tradicional - sinaliza horizontes promissores, eis que abre a perspectiva de uma sólida democracia participativa. Ou seja, funcionando como aríete contra os vetustos bastiões dos exércitos que tomam assento no Congresso, os polos de poder que nascem nas vanguardas sociais forçam partidos a assumir posições inovadoras e a desconcentrar a velha política. O Estado oxigena suas estruturas e a Nação passa a ganhar altas taxas de civismo.

Exemplo dignificante dessa força centrípeta é a vassoura ética simbolizada pela Lei da Ficha Limpa. Construída nas oficinas sociais, foi levada ao Parlamento com o registro de mais de 1,3 milhão de assinaturas. A conclusão emerge: o Brasil não é mais um gigante dormindo em berço esplêndido. Está desperto. Uma bandeira reformista tremula por todos os espaços. Claro que a representação política faz a sua parte. Daí se aduzir que vivemos hoje sob o signo de uma feliz interação da macropolítica, sob as cúpulas do Parlamento, com a micropolítica, sob o império dos novos circuitos de representação (organizações, núcleos, grupos, etc.).

Outra hipótese floresce. A mudança, a inovação, a renovação são processos que começam a inspirar a sociedade em sua caminhada. Um Brasil racional, mais justo e ético, está sendo plasmado nos fornos sociais. Ao contrário do que alguns ainda verberam, as massas não desejam apenas pão e circo. Querem serviços de qualidade. Se a democracia representativa não atende ao seu clamor, levantarão com vigor a bandeira da democracia supletiva. Uma leitura dos eventos de nossa política mostra que o aviso é para valer.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Imprensa de Garanhuns em 1922: os blogueiros do limiar do século XX

Predecessores dos atuais blogueiros garanhuenses, estes bravos jornalistas, tipógrafos, faziam a partir do "Norte Evangélico" a edição de muitos dos jornais em circulação em 1922. Entre eles Abdísio Vespasiano, autor do "Álbum de Garanhuns", e sogro do escritor garanhuenese Waldimir Maia Leite. Fonte: Álbum de Garanhuns, 1922/23. Foto de Álvaro de Lemos.

sábado, 19 de maio de 2012

AMÍLCAR VALENÇA COMPLETA HOJE 97 ANOS

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O bispo Dom Fernando, Amílcar Valença e Pedro Jorge O ex-prefeito de Garanhuns, Amílcar da Mota Valença, completa neste sábado, 19 de maio de 2012, 97 anos de idade. Agropecuarista no distrito de São Pedro, Amílcar começou na vida pública como vereador, tendo exercido três mandatos. De 1947 a 1951, de 51 a 55 e de 55 a 1959. Foi prefeito em duas oportunidades: de 1963 a 1968 e de 1973 a 1976. Mesmo tendo êxito como político, manteve a vida toda sua propriedade em São Pedro, onde morou muitos anos com a esposa Deolinda, conhecida como Dona Dora, e os filhos. Estes são quatro: Pedro Jorge, Celso Benigno, Maria Adiza e Maria Emília, esta última casada com o ex-vereador Givaldo Calado. Por último chegou Sandra, que a esposa do ex-prefeito criou como filha e hoje é quem cuida do pai, numa casa relativamente simples do bairro de Heliópolis. Amílcar foi um prefeito com visão de futuro. Criou o Colégio Municipal, que chegou a ter 3 mil alunos, construiu o Mercado 18 de Agosto, fundou a AESGA e a Faculdade de Administração, transformada pela professora Eliane Simões, nos últimos anos, num verdadeiro gigante na área do Ensino Superior. Foi ele também quem iniciou a construção da CEAGA, concluída pelo seu sucessor, Ivo Tinô do Amaral, seu principal afilhado político. O aniversariante, quando prefeito, também construiu a estrada que liga o Castainho ao Timbó. As duas comunidades eram isoladas uma da outra. Amílcar pavimentou mais de 100 ruas da cidade e dos distritos e ergueu escolas por todo o município de Garanhuns. No seu primeiro mandato, Amílcar Valença teve como vice Everaldo Gueiros e na segunda gestão seu companheiro na prefeitura foi Ivo Amaral, a quem elegeu como sucessor em 1976. Irmão de Monsenhor Adelmar da Mota Valença, que durante 44 anos dirigiu o Colégio Diocesano de Garanhuns, Amílcar ainda tem irmãos vivos, como Anita, que em julho próximo completa 100 anos de idade. Amílcar Valença é um Patrimônio Vivo e motivo de orgulho para Garanhuns. http://robertoalmeidacsc.blogspot.com.br/

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Inauguração da Matriz de São Sebastião - Garanhuns 7/9/1922

Com uma Missa Campal, foi inaugurada a Matriz de São Sebastião, na Boa Vista, no dia 7 de setembro de 1922, dentro das comemorações do Centenário da Independência do Brasil. A Igreja, sede da nova Paróquia criada pelo Bispo D. João Tavares de Moura, até hoje é um dos pontos marcantes de nossa cidade. A foto é de Álvaro de Lemos, no Álbum de Garanhuns 1922/23 (Obra de Abdísio Vespasiano).

TRAGÉDIAS MARCANTES, artigo inédito de Otimro Odeveza

TRAGÉDIAS MARCANTES Otimro Odeveza Garanhuns, esta festejada Suíça Pernambucana, urbe poética, romântica, acolhedora e inigualavelmente bela – onde não tivemos o privilégio de nascer – ; mas , como ninguém, reverenciamos, queremos e amamos como se fôssemos um feliz nativo ou premiado filho deste inigualável rincão. Garanhuns, és, embora por muitos vilipendiada, sem nenhum favor, o nosso acolhedor e perene ÉDEN! É com tristeza e o pensamento constrangido, que iremos abordar, nesta oportunidade, fatos ou acontecimento que não desejaríamos ter tido conhecimento e nem sequer notícias haver obtido de tão escabrosas passagens aqui registradas e pesarosamente vivenciadas. Primordialmente, há muitas décadas, observou-se a sangrenta, covarde e indelevelmente marcante Hecatombe, de nefanda memória. A história registra o massacre de muitos e indefesos inocentes vilmente trucidados; para envergonhamento, ainda hoje, de todos os citadinos e munícipes garanhuenses. Posteriormente, muitos anos decorridos, tivemos a eliminação fria, calculada e covardemente executada do então Bispo Diocesano, Dom Expedito Lopes, pelo repugnante celerado padre Hosana de Siqueira. O que evidentemente, obteve repercussão mundial. Infelizmente, subsistiu o contraste da ignominiosa ação do bandidaço travestido de padre, por nome Hosana, cujo termo, segundo lexicógrafos e lexicólogos significa, entre outras definições, saudação jubilosa, aclamação ou cântico de louvor, ou ainda, exclamação de alegria, de triunfo, etc. Tudo isso servindo de prenome a um frio, sanguinário, maquiavélico e monstruoso assassino, bandido, cujo procedimento demoníaco, talvez, o tenha levado para gerir algum importante setor das presumíveis ou existentes esferas ou cavernas ardentemente infernais; ali orientando e “disciplinando” os porventura parceiros de inomináveis monstruosidades igualmente praticadas. Por um bom tempo, decorridos vários anos arquitetando-se um bom período de tranquilidade, eis que foi interrompida a calmaria com a morte do delegado de polícia conhecido pelo nome Pimentel; ocorrência que repercutiu em alguns estados, através da imprensa e também difundida via rádio e televisão. Desfrutávamos uma trégua até meio longa em relação a ocorrências negativistas, quando, há poucos dias, irrompeu algo inusitado e até então inconcebível e inacreditável, assinalando mais uma negra página na história do município, com o surgimento do inolvidável, execrável e diabólico trio de facínoras frios, cínicos e anormais degustadores de carne humana. Tirante algumas raras tribos indígenas e poucos povos bárbaros dos primórdios da civilização, que foram partícipes da antropofagia, salvo engano nosso, jamais houve, no mundo, através de indivíduos ditos civilizados, qualquer ação canibalesca, que mesmo à distância, se assemelhasse às ocorrências hediondas aqui registradas. O que causa espécie é a fria naturalidade com que detalham, amiúde, as barbaridades diversas praticadas, como se atos beneméritos houvessem realizado. Esses seres prenhes de requintes de perversidades, mas igualmente possuidores de distúrbios e desequilíbrios mentais, deixarão perenemente, esta mancha ou nódoa, “ad perpetuus”, nesta nossa tão querida, todavia malfadada cidade. Resta-nos, rogar aos céus que feitos desabonadores como os abordados, jamais ressurjam nesta querida e tão linda Cidade das Flores e, para nós outros, Princesa do Brasil. Por fim, todas as autoridades constituídas, comerciantes, comerciários, professores, estudantes, e os representantes de quaisquer entidades e classes sociais, irmanando-se, procurem apagar ou pelo menos minimizar essas inesquecíveis e marcantes manchas desabonadoras que nos foram impostas. É o que encarecemos e esperamos!

terça-feira, 15 de maio de 2012

Mostra no Recife destaca trajetória de artista nascido em Garanhuns

http://agendagaranhuns.com/blog/mostra-no-recife-destaca-trajetoria-de-artista-nascido-em-garanhuns/
A mostra “Daniel Santiago – De Que É Que Eu Tenho Medo?”, que fica em cartaz até 8 de julho, foi aberta nesta segunda-feira (14), às 19h, no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães, no Recife.
Segundo matéria publicada no Diário do Grande ABC, Daniel Santiago, nascido em Garanhuns (PE), em 1939, não limitou a sua produção às contestações estéticas dos anos 1970 e se abriu a questionamentos filosóficos sobre solidão e liberdade.
“Nesse caminho, se aliou ao teatro e à literatura para lidar com os dramas da existência. Trata-se da mais ampla exposição sobre a trajetória de um dos pioneiros da arte experimental no Brasil, que busca ainda captar o universo poético do artista, também professor de artes plásticas”, traz o Diário.

CURSO (GRATUITO) DE EDIÇÃO DE ÁUDIO E VÍDEO

http://blogdoalexandremarinho.blogspot.com.br/2012/05/curso-gratuito-de-edicao-de-audio-e.html
CURSO (GRATUITO) DE EDIÇÃO DE ÁUDIO E VÍDEO

Estão abertas as inscrições para o curso (gratuito) de Edição de Áudio e Vídeo promovido pela Academia de Educação em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia.

Os cursos serão ministrados para turmas de no máximo 20 alunos, com carga horária de 160 horas/aula. Trata-se de um curso profissionalizante com grande espaço no mercado.

É recomendável que os interessados tenha pelo menos noções de edição de vídeo, como transferir um vídeo da filmadora para o micro ou já tenha trabalhado pelo menos com o Windows Movie Maker, etc. Não é um curso para quem está "totalmente zerado" nesta área.

O software usado neste curso é o Adobe Premiere, usado pelos profissionais da maioria das emissoras de TV.

Informações detalhadas como horários, programa do curso e pré-matrículas devem ser acessadas através do site da Academia de Educação: www.aedes.org.br.

Informações e local de realização do Curso
Academia de Educação para o Desenvolvimento - AEDES
Rua D. Luiz de Brito, 53 - Centro / 2º andar # Garanhuns/PE
Ponto de Referência: Rua ao lado do Bradesco Centro
Fone: (87) 3762 4407
E-mail: cursos@aedes.org.br

Autor de livro sobre a Hecatomb...

Blog do Ronaldo Cesar: Cláudio Gonçalves: Autor de livro sobre a Hecatomb...:

Cláudio Gonçalves: Autor de livro sobre a Hecatombe prepara novo trabalho


José Cláudio Gonçalves de Lima é professor de história na rede pública de ensino, também é um defensor dos direitos da classe, participando ativamente das instituições e dos debates que promovam a melhoria da qualidade de ensino. Mas Cláudio tem se revelado um excelente escritor. Seu primeiro livro, "Os Sitiados", acabou virando um sucesso regional, onde conta a história da Hecatombe de Garanhuns, de forma romanceada, com um enredo que leva o leitor a entender aquela tragédia, seus personagens e as consequências para a cidade.

Agora Cláudio prepara seu novo livro, que está no prêlo. "República" é uma cidade imaginária do agreste pernambucano, dominada politicamente pelo temido coronel Antônio Brandão Morais, senhor de látego e cutelo, árbitro dos destinos da população, que segue rezando pela sua cartilha. Isso tudo começa a mudar com a chegada de um personagem misterioso a cidade, disposto a destruir um domínio quase secular da família Brandão.

Drama, trapaças, disputas e muito humor é uma constante na ficção que reconstitui a moldura das cidades antigas do Nordeste com sua politicagem e seus personagens pitorescos: O coronel, o capanga, a fofoqueira, o bodegueiro, o doido-manso, o prefeito golpista, o bêbado, a lenda fantasmagórica, o padre, o sacristão, entre outros. São esses personagens da cultura nordestina que se conservam em nossa memória e que abrilhantam o enredo da comédia com suas histórias e humor singular.

Mais uma vez mexendo na temática regional, Cláudio se antecipa em dizer que agora é somente ficção.

Promessa de novo sucesso!

RECANTOS DE GARANHUNS

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RECANTOS DE GARANHUNS



Ele é a soma de todos os sentimentos, de todos estados vegetais. Nenhum pensamento é demasiadamente elevado em quantidade ou desespero. Pode mugir como tempestade de outono, ou sussurrar com uma brisa estival. Tudo é imagem e som do seu próprio mito.
No seu profundo recolhimento, o MAGANO se renova.
Se não entendermos a mensagem altaneira de seu silêncio, onde se ergue para o alto desafiando o infinito, seremos cada dia que passa, menos garanhuense. A nossa visão do alto será sempre mais restrito.
Daqui de cima não sentimos o hálito das pessoas. Nem conversamos a falta de linguagem específica que transmita a imobilidade dos monumentos da terra virgem. A força punjante da alma telúrica se projeta em outras dimensões. Mensagem comovente da cidade, espécie de Lírio a desabrochar a quase dois mil metros de altura. O planalto notável pelo seu clima e pela sua beleza natural, enfeita a alma das tradições. Como exemplo de rebeldia de um povo.
QUILOMBO - passado histórico sempre presente no dealbar de todas as madrugadas. Tradição de liberdade das gerações conscientes de sua missão indeclinável. Epopéia cintilante que marcou a definição do progresso da humanidade. Sobretudo, dos heróis da inteligência dos poetas que não fazem poesia quando querem e sim quando a poesia determina e quer. Acontecimento que fizeram tremular o lábaro da imaginação, tendo com testemunha o azul suspenso do céu, consolidando as mais lindas mensagens de vida pontilhada de patriotismo e beleza.
MORRO DO TRIUNFO - Sentido elevado de um horizonte de glória. Onde as lutas se tornaram dignas de sublimes conquistas. Acontecimentos que consolidaram dignas de sublimes conquistas, e que consolidaram o vigor inefável de um estado de Espírito.
De uma geração de homens de cor que pelo amor à liberdade tornou-se símbolo augusto da confraternização e dos direitos humanos. Daí o triunfo da entrada solene e pomposa dos consolidadores da nossa emancipação racial.
Dos que até o momento penetraram nos Arcanos do Eterno Presente. Festejam com muito brilho a mais importante data da vida da nossa Garanhuns, que foi seus cem anos bem vividos. Hoje a serrana terra do planalto, terra de SIMOA GOMES, é cidade centenária e pontilhada de encantos. Para que se possa alcançar a sua superioridade é preciso que se tenha visão do alto.
JARDIM - Éden de flores a trescalar perfumes a todos mortais de seu canteiro. E notadamente aos que tiveram o privilégio de vir à luz nesse recanto terrenal do leão do norte.
Fonte de inspiração dos nossos poetas, destacando-se entre eles, o nosso saudoso professor, Artur Maia, o poeta de maio. Artur foi um localista incorrigível . Sempre de Lira em Punho, jamais esquecera, nas suas viagens, as fontes de sua inspiração. Bem viva em sua retina, a imponência do MAGANO, foi sempre presente: "MAGANO DOS MEUS AMORES DE OLHOS FITOS SEMPRE EM MIM". O mais alto dos nossos montes fora o espelho de sua alma em testa.
VÁRZEA -Campina cultivada em terreno baixo e plano que margeia os rios. É outro recanto bucólico cuja vegetação se constitui de beleza e deslumbramento da alma dos nossos vates: "GRUTA D'AGUA, VÁRZEA E JARDIM", onde líquido precioso refresca os instantes suspiros das "Tardes Mornas de Verão". Parece até que as musas viviam a brincar por sobre as águas cristalinas e puras.
COLOMINHO - Menos apreciado pelos nossos mestres em literatura. O seu encanto está no recolhimento de sua natureza. É um dos montes telúricos das "SETE COLINAS". É síntese do INFINITO e finito, do temporal e de eterno, de liberdade e de necessidade como índice de cultuta de Garanhuns. Sempre beijada pela brisa dos campos. Pelas suas noites maravilhosas em que os seresteiros de todas as épocas jogam rimas ao luar. A natureza humana é como o plenitúnio, está sempre cheia. Moralmente, a humanidade progride pelo desenvolvimento da inteligência, do senso moral e do abrandamento dos costumes.
HELIÓPOLIS - parte da cidade que se renova constantemente para receber, com dignidade, o beijo ardente do sol.
BOA VISTA - Visão panorâmica em que Garanhuns, cidade centenária. se projeta em todas as dimensões.
Essas belas palavras foram do Jornalista e Advogado José Francisco de Souza, dedicadas ao então Prefeito de Garanhuns José Inácio Rodrigues(foto), poeta da voz eleito prefeito em 1982 pelo voto do nosso povo em uma vitória espetacular na época.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Anúncio do FIG 2012 em Garanhuns: pleito do Instituto Garanhuns ao Presidente da Fundarpe

O Instituto Garanhuns, através de Audálio Machado Filho, solicitou há poucos minutos ao Presidente da Fundarpe, Severino Pessoa, que o anúncio da programação do Festival de inverno de Garanhuns - FIG 2012, seja feito em Garanhuns, e não em Recife. A exemplo do anúncio da programação do São João de Caruaru, que aconteceu hoje naquela cidade agrestina. O presidente da Fundarpe mostrou-se receptivo, e na presença do casal garanhuense Prof. Clodoaldo Ferreira e Ana Ferreira, disse que se depender dele será em Garanhuns o evento de divulgação da programação, como acontecia até alguns anos atrás. Para Audálio Machado o FIG é um proiduto cultural garanhuense, "nada mais justo portanto, de que seja reconhecido como tal. Caso o Governo de Pernambuco e Fundarpe entendam dessa maneira, a nossa auto-estima estará sendo resgatada" concluiu, elogiando a receptividade e simpatia de Severino Pessoa. O presidente da Fundarpe veio a Garanhuns para inauguração do Empório Buffet e Eventos, do seu amigo Luiz Felipe Barbosa, situado na Rua Marcos Fonseca, 444 - Heliópolis. Na ocasião estavam presentes várias lideranças garanhuenses, a exemplo do Deputado Izaias Régis, ex-prefeito Bartolomeu Quidute, Rosa Quidute, Prof. Pedro Falcão - Pró-Reitor da UPE, Profa. Eliane Simões, Diretora da Aesga, vereador Sivaldo Albino, Wanderley Lopes - Presidente do PTB e Paulinho Brasileiro - Presidente do CDL -Jovem.
Na foto Severino Pessoa - Presidente da Fundarpe

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Título infeliz em postagem faz Jamildo ser critica...

http://blogdoronaldocesar.blogspot.com.br/

Título infeliz em postagem faz Jamildo ser criticado nas redes sociais em Garanhuns

Para anunciar o sucesso de uma franquia de lanchonetes que abriu em nossa cidade, o jornalista Jamildo melo, que assina um dos blogs mais acessados do estado, disse que a empresa fez sucesso até em Garanhuns - A Terra dos Canibais!

Uma infelicidade e humor negro que atinge as pessoas de bem no município, e para falar a verdade, os canibais na verdade são da cidade dele, são da capital, vieram de Recife, e aqui foram descobertos e presos. Portanto, não somos a terra dos canibais, somos a Terra da Polícia que prendeu os canibais, como já postamos anteriormente.

O caso noticiado amplamente pela mídia nacional, até com repercussão internacional, abalou o cotidiano da cidade, que ainda sente a perda das meninas e acompanha a continuidade das investigações, mas vai buscando superar o trauma. E um tipo de brincadeira assim, em um assunto que não tem nenhuma relação com o caso, a inauguração de uma empresa na cidade, que gera tantos sentimentos positivos, acaba por mexer novamente no âmago das pessoas.

Portanto, o título da postagem atinge em cheio a cidade, novamente, e as pessoas estão xingando o jornalista nas redes sociais. Inclusive eu seu próprio blog, muitas pessoas estão criticando a postura do bom jornalista, que pisou na bola.

Meu amigo Jamildo, cabe um pedido de desculpas e a retificação do título da postagem. Coloque: Garanhuns, a Cidades das Flores abre franquia de sucesso!

Transcrevo alguns comentários do seu blog.
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Michelly
Como assim : Garanhuns, Terra dos Canibais??? Oi? que maldade!
 
Leonel
meu amigo isso não é titulo você foi muito infeliz nesse teu titulo o povo de garanhuns não merece e a cidade merece respeito.
 
Junior
É totalmente desnecessário e desrespeitoso com Garanhuns e, principalmente, com o povo de Garanhuns, chamar nossa cidade de "Terra dos Canibais". Acho que isso não combina com a postura do Blog, distorce a imagem de uma cidade tranquila e rotula a população que tem sofrido com piadas motivadas por uma tragédia que deixou famílias assustadas. É lamentável ver a imprensa tratar este assunto de maneira tão jocosa. E mais triste é ver jornalistas sérios como você seguirem esta nova "linha jornalística", onde tudo tem que virar piada. Espero que nas próximas notícias sobre nossa cidade que pelo menos o assunto seja tratado de forma menos desrespeitosa.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Luto - Morre ex-Secretária de Educação de Garanhuns, Girlane Santana

O Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns, em processo de formação, tinha na Profª Girlane Santana uma defensora do ideal da preservação da nossa história, foi uma grande secretária de Educação do Município, com grande participação na Igreja Católica, Girlane era um membro atuante na Paróquia N.S. do Perpétuo Socorro, Seminário São José e Santuário da Mãe Rainha. Como ex-aluna do Colégio Santa Sofia deixará saudades justamente no ano do centenário daquele educandário, onde participou ativamente da Banda marcial. Aos seus familiares, Manoel e Gil (seus pais), aos seus irmãos Mano, Marco e Gilma, sobrinhos, amigos, sua avó Noêmia que aos 102 anos tinha nela uma neta-enfermeira, nossas condolências, desejando que Deus ilumine sua alma e console a todos que sofrem por sua precoce partida. Audálio Ramos Machado Filho, pelo Instituto Garanhuns A seguir transcrevemos a postagem do Blog de Roberto Almeida sobre a tão estimada Profª Girlane Santana:
MORRE EX-SECRETÁRIA GIRLANE SANTANA Garanhuns foi pega de surpresa, no início desta tarde, com a notícia da morte da ex-secretária de Educação do Município, Girlane Lira de Santana. A professora sentiu-se mal, ontem à noite, tendo sido levada ao Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Hoje o seu estado piorou, por problemas de fígado, a infecção generalizada se espalhou e ela não resistiu. Girlane entrou no serviço público em Garanhuns na gestão de Ivo Amaral. No Governo de Silvino Duarte, ocupou a Secretaria de Educação durante parte do primeiro mandato e quando o governante foi reeleito ficou até o final. Fez uma gestão de destaque e era muito querida pelos professores. Foi candidata à Câmara Municipal, em 2004, apoiando Luiz Carlos, teve mais de mil votos, mas ficou na suplência. Como não foi prestigiada pela atual administração, optou por ser Secretaria de Educação por uns tempos no município vizinho de São João. Os pais de Girlane, Manoel e Gil, ainda são vivos, assim como sua avó, Noêmia Lira, que está para completar 103 anos de idade. http://robertoalmeidacsc.blogspot.com.br/2012/05/morre-ex-secretaria-girlane-santana.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed:+blogspot/fpRs+(Roberto+Almeida)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

ANCHIETA BARROS: Retratos

ANCHIETA BARROS: Retratos:

Retratos


Rinaldo Souto Maior

Ao Poeta e "Mochileiro" José Inácio Rodrigues (em memória- foto)

Na Boa Vista vejo, no alto da casa
paroquial, bebendo vinho de missa,
padre Cornélio e o boêmio Zé Catão
Na voz langorosa de Wilson da Mota
o poema intangível de Hélio Peixoto,
ressuscitando todos ouvidos:
"Garanhuns terra dos seus avós, terra
das manhãs frias e dos bonitos arrebóis"...
Ao fundo acordes musicais de violão
de Euclides Pernambuco.

Velhos retratos malogrados e pelo
tempo amarelecidos que, de repente,
em minhas lembranças, tomam forma.
Revivem fortes cores, multicoloridas,
nas entranhas recordadas. Esses retratos...
Refazem imaginações e espectro do passado.
Conta-corrente acessa apenas pela chama
temporal do sucesso - o mundo somente
reconhece êxitos e não perdoa malogros,
na verdade de um filósofo chinês.

Contabilização difícil do passado com
o presente, na aritmética heterogênea
das pessoas. Que se somam menos.
Então poeta que em São Paulo nasceste de
migrantes nordestinos, "mochileiros"
quatrocentões da boa cepa garanhuense?
Quantas coisas tens recitado em todos
entreveros das lutas empreendidas, das
vitórias auferidas, e dos malogros também amargados?

Tudo isso na multiplicação de tantos "amigos meus,
amigas minhas" no refrão do boa-noite radiofônico em
que evocas o passado, perenizando-o no presente!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Amigas minhas, amigos meus! Morre Zé Inácio, ex-prefeito de Garanhuns.

Blog do Ronaldo Cesar: Garanhuns de luto! Morre José Inácio Rodrigues:

Garanhuns de luto! Morre José Inácio Rodrigues


Ex-prefeitos, Ivo Amaral e José Inácio


Amigas minhas, amigos meus... Era assim que Zé Inácio tratava seus ouvintes no rádio, onde apresentou por anos os programas NELSON CONVIDA e que depois virou SEMPRE NELSON, e ainda o REVENDO O PASSADO. Sua voz era a trilha sonora das noites de Garanhuns.

Radialista e professor, além de outras atividades, mostravam o quão popular era José Inácio Rodrigues, o homem de bom coração, foi um dia convidado para a política. Vereador em duas legislaturas e depois prefeito por seis anos, sofreu o desgaste de ter feito um governo em épocas de vacas magras, mais extenso que as atuais administrações, devido a um adendo constitucional , que aumentou o tempo dos mandatos. Zé Inácio, correto e honesto, chegou aos últimos meses de sua administração muito criticado, e por isto, muitas pessoas acabaram por não reconhecer os avanços que deixou para a cidade.

Mas deu tempo de ainda em vida, receber este reconhecimento. Não somou riqueza e vivia da aposentadoria.

Zé apostou em trazer grandes indústrias que pudessem empregar nossa gente, duas delas talvez tenham sido as maiores que já recebemos por aqui, a fábrica da Coca-Cola (hoje desativada) e a Refinações de Milho Brasil. Na época, o distrito industrial estava em sua plenitude, com dezenas de fábricas produzindo.
Foi também na gestão de Zé Inácio que a empresa de transportes coletivos São Cristóvão iniciou suas atividades, vindo de Minas Gerais, oferecendo transporte seguro e empregos à nossa população, que naquela época vivia das lotações, muitas delas em péssimo estado de conservação.

Vivemos também na época do ex-prefeito a valorização das festas tradicionais. Grandes carnavais ganharam nossas ruas e praças, e o São João democrático era uma grande festa. Era o Forró no Asfalto que movimentava os bairros, era o povo na rua, com quadrilhas, arraiás, comidas e bebidas típicas, e deixamos tudo se acabar. Hoje as festas são centralizadoras para milhares de pessoas.

Zé Inácio era do povo, e incentivou as festas assim. Os próprios grupos culturais montavam seus arraiás. Saudade!

Morreu o poeta. Com sua voz, embalou sonos e sonhos. Gostava de recitar poesias (MEU INESQUECÍVEL AMOR!) entre as músicas e de mandar abraços a todos os seus ouvintes, citando-os pelos nomes, e de fato parecia conhecer todos eles. Morreu sendo chamado de professor, pois mesmo diante das críticas, foi sempre um cavalheiro, sem engrossar a voz, com educação, respondia sobre qualquer das situações e defendia sua atuação à frente do executivo.

Deixou sua atual esposa Eliane, e seus enteados, os quais tratava como filhos. Da primeira esposa, Ana Maria Vila Nova, teve cinco filhos naturais.

José Inácio Rodrigues estava muito debilitado, saúde muito frágil, e sua passagem agora deve ser encarada como um descanso, devido o esforço que fazia para seguir seu caminho conosco. Resta aos seus, o conforto da saudade e da certeza que tiveram ao seu lado um homem de bem.

Em uma das suas últimas aparições públicas, o programa Radiola de Ficha lhe fez uma grande homenagem no Terraço Churrascaria, transmitido ao vivo pela Rádio Marano, e ali, grandes personalidades da cidade ditaram palavras carinhosas e de reconhecimento político ao ex-prefeito, que se emocionou várias vezes, e com a voz marcada pelos sentimentos de gratidão, quase não conseguiu se expressar.

Foi um dos momentos mais emocionantes que pude presenciar.

Debilitado, fazia hemodiálise. Já havia sofrido infarto e AVC.

Morreu Zé Inácio, 74 anos, mas fica seu exemplo de homem simples, amigo, decente... Um grande e verdadeiro professor.
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A foto do blog de Roberto Almeida, foi tirada em julho do ano passado, no Largo do Colunata, durante a Radiola de Ficha, apresentada por Marcos Cardoso, em homenagem a Augusto Calheiros.