sábado, 16 de fevereiro de 2013

O meteorito de 1923 que passou por Garanhuns e caiu em Alagoinha!

Memória: A história do meteorito que caiu em Alagoinha no dia 1º de outubro de 1923 http://www.vidanews.net.br/noticias/mundo-noticias/memoria-a-historia-do-meteorito-que-caiu-em-alagoinha-no-dia-1%C2%BA-de-outubro-de-1923/ Imagem de um meteorito no céu Segundo o Professor Luciano Jaques da Morais, caiu um meteorito mais ou menos as 11 horas do dia 1º de outubro de 1923, na Serra do Magé, Alagoinha, que era distrito de Pesqueira, também no Sítio cacimbinha, situado ao norte da mesma serra, e outros lugares, ocorreu queda de fragmentos do mesmo meteorito. “O meteorito, numa distância de 60 km, seguiu uma trajetória sudeste para noroeste, passando PR cima de Garanhuns e indo explodir na Serra do Magé”. “As pessoas que presenciaram o fenômeno afirmaram ter ocorrido primeiro um clarão como se fosse um relâmpago, seguido de uma forte trovoada, um grande estrondo e outros menores. Tudo isso durou cerca de três minutos”. “Ao explodir, este meteorito, que é essencialmente pedregoso, pertencente ao grupo dos assideritos, denominados de pedras meteóricas ou aerólitos, se dividiu numa enorme quantidade de fragmentos, que caíram como se fosse uma chuva de pedras. Durante a queda, eles desprendiam gases, uma espécie de fumaça”. “Os fragmentos do referido meteorito são de tamanho variável, medindo os maiores de 7 a 10 centímetros de lado. A maioria das amostras tem menos de 5 centímetros de lado”. “Esse fenômeno foi observado no trecho entre Garanhuns, Alagoinha e Pesqueira, tendo sido notado em diversas outras cidades, vilas, povoados e sítios da região e, até em Serra Talhada (vila Bela)”. “O efeito da queda deste meteorito foi bastante notável. Nos lugares próximos a Serra do Magé e Garanhuns, o gado se espantou e deixou a correr. O povo ficou tomado de pânico e saiu de casa apavorado”. “Em Garanhuns, devido ao grande deslocamento de ar produzido pela explosão, diversos prédios tiveram as vidraças partidas e objetos derrubados das prateleiras. Na Serra do Magé e em Cacimbinha, em algumas casas caíram fragmentos do meteorito em Cida dos Telhados que, via de regra, rolavam para o chão. Apenas em uma casa houve telhas quebradas”. Essa pesquisa foi tirada do livro de Estudos Geológicos de Pernambuco, do professor João de Deus de Oliveira Dias, publicado em janeiro de 1957. Paulo de Oliveira Melo Tags:aerolitos, Alagoinha, Campo do Magé, Fenômeno, História, memória, meteorito

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

UM PREFEITO DE GARANHUNS - ARTIGO DE SOUTO DOURADO SOBRE ALOISIO SOUTO PINTO...

BLOG ANCHIETA BARROS: UM PREFEITO DE GARANHUNS:

UM PREFEITO DE GARANHUNS

Luiz Souto Dourado (in memoriam)

Ano de 1961. Dom Adelino Dantas, Dr. Ivaldo Dourado,
Humberto Alves de Moraes, Profº Gonçalves Dias e  o ex-
Prefeito Aloísio Souto Pinto.
O último dia do ano não é o último dia do tempo, disse Drummond. Mas  para Aloísio Souto Pinto foi. Mal surgia 1969, um sentimento de frustração, de perda, vinha abater a euforia, a esperança no novo ano.

Estava ainda na missa, quando soube a notícia. E assisti aquela multidão deslocar-se para a casa dele, para aquela mesma casa para onde fora tantas vezes levar Aloísio, depois das suas vitórias. Na verdade, ele fora um íntimo do povo e das vitórias. Já estava acostumado com o calor de ambos.  A derrota para ele era um choque insuportável, uma dor imensa. Um ano novo, um novo dia, não mais lhe interessava. Aquele povo que agora corria para sua casa, havia lhe falhado, daquela vez. E agora o povo, numa passeata que seria a última, levava Aloísio para a viagem sem retorno. Imagino que ele gostaria de ver aquele espetáculo comovente em torno de si. Tão comovente que me senti o grande derrotado da eleição que ganhara. O vitorioso era o morto que o povo chorava.

No meu entender, Aloísio não foi propriamente um coronel, com postura e o poder dos coronéis da política de antigamente. Foi mais um líder popular, com a casa sempre aberta e uma invulgar disposição de interferir em favor do amigo, de ajudar os humildes.

A sua época também não comportava mais coronéis. Garanhuns já entrava numa faixa de desenvolvimento, de politização, em que, como consequência, a figura do coronel ia se diluindo. A estrada pavimentada, o banco privado, a microondas, a televisão, a chegada diária dos jornais, a escola superior, o sindicato, a previdência social, enfim  a transformação do município em pólo de desenvolvimento de uma região, transformava o antigo coronel, ou o tradicional chefe político, num líder, quando ele tem consciência dos problemas da  coletividade. Ou num líder popular, quando ele tem qualidades e ainda carisma. O líder popular tem necessariamente de movimentar os problemas do povo, comunicar-se com o povo, estar ao seu lado. O voto, que era uma contrapartida do favor pessoal, um voto de gratidão, passa a ser um voto de reconhecimento pela solução obtida de problemas comuns. O voto de reconhecimento da comunidade ao líder, substitui o voto de gratidão ao coronel. Por isso Aloísio não foi propriamente um coronel. Foi, isto sim, um líder popular.

A fantasia é um expediente dos políticos, disse um escritor moderno. Aloísio não era um fantasista. Antes, era um realista. A política para ele era também a arte do possível, como na definição clássica. Mais um exercício do poder do que mesmo uma escalada para o poder. Exerceu-a no plano municipal, sem de nada abrir mão. Entre ajudar, como deputado, e exercer como prefeito, preferiu esta hipótese. Ou se possível, acumular os dois mandatos. Daí a tentativa de mais um eleição, que, infelizmente, foi a última.

Fiz o possível para que ele não participasse da eleição. Se estava na Assembléia, ficasse por lá. Ela já fora prefeito e eu já fora deputado. Tínhamos o mesmo sobrenome e o mesmo desejo de trabalhar por Garanhuns. Depois inverteríamos os papéis. Chegou a concordar, a princípio. Mas deixou-se levar pela paixão. Era um enciumado pela cidade. Diria quase um passional. Mostraria que ninguém a arrebatava. Iria às últimas consequências, na disputa por esse amor, por essa posse. E foi. Reconheço que Aloísio era um telúrico. Dominava-o um estremado sentimento da terra, das causas de sua terra. Na seleção da cidade, jogava na defesa, como se alguém pretendesse tomar-lhe a cidade. Nas passeatas do Diocesano, desfilava a cavalo, como se defendesse uma cidadela.

Sabendo e sentindo tudo isso,inaugurei o seu retrato na Estação Rodoviária, que concluímos. Dei o seu nome ao trecho da praça, que ele iniciara mas não pudera terminar. Procurei assim do seu nome fazer sempre uma lembrança. Aliás, muito fácil para quem deixa o nome no coração do povo. (Luiz Souto Dourado foi  Secretário do Interior e Justiça do Governo Arraes, deputado estadual  em três legislaturas e prefeito de Garanhuns entre 1969 e 1973).

BLOG ANCHIETA BARROS: HISTÓRIA DE GARANHUNS - A CONTROVÉRSIA DA DATA -...

BLOG ANCHIETA BARROS: HISTÓRIA DE GARANHUNS - A CONTROVÉRSIA DA DATA -...:

HISTÓRIA DE GARANHUNS - A CONTROVÉRSIA DA DATA - PROF. ANTÔNIO VILELA

DO BLOG DO RONALDO  CESAR

Foto do centro de Garanhuns em dia de feira

Literalmente falando a história de Garanhuns tem início quando Simôa Gomes de Azevedo, através de escritura pública doa a confraria das almas uma quadra de terra para a construção da capela da Freguesia de Santo Antonio do Ararobá em 1742, esta capela inicialmente foi construída em taipa e depois reformada em alvenaria.

Ao entorno da capela surgiram as primeiras casas. O povoado foi crescendo por influência de seu clima ameno, suas fontes de águas minerais e por sua pecuária que despontava no interior de Pernambuco.

Pelo alvará de 10 de março de 1811, por solicitação do então governador Caetano Pinto de Miranda Montenegro, foi criada a Vila de Santo Antônio de Garanhuns. Neste mesmo ano de 1811 a capela foi reconstruída e transformada na Matriz de Santo Antonio. Esta matriz localizada na antiga avenida Rio Branco, hoje Avenida Santo Antônio, no atual prédio do Banco do Brasil. O seu primeiro vigário foi Fabrício da Costa Ferreira.

Somente em 1855 por iniciativa do Padre Nemézio de São João Guaberto foi iniciado a construção da Catedral de Santo Antonio e concluída em 1859. Ainda foi reformada em 1872 e em 1906 recebeu melhoramentos, em especial a fachada que apresenta sua característica atual.

A lei provincial número 22 de 6 de junho de 1836, cria a comarca de Garanhuns, desanexado da jurisdição da comarca de Brejo da Madre de Deus, tendo como primeiro juiz de direito o Dr. João Pereira de Carvalho, em 1837.

Eis as provas contundentes que a criação de Santo Antonio de Garanhuns é mesmo 10 de março de 1811, pois em 6 de junho de 1836 foi estabelecida sua comarca.

A elevação da Vila para categoria de cidade se deu através do projeto do deputado provinciano Silvino Guilherme de Barros, projeto numero 1.309 do dia 4 de fevereiro de 1879, este projeto é outros quinhentos, não emancipa, eleva a vila à categoria de cidade. Antes do centenário em 1979, o aniversário de Garanhuns era comemorado em 10 de março.

Garanhuns já nasceu com "tendência para as alturas", nunca pertenceu a outro município. Por esta razão defendo que o aniversário de Garanhuns é mesmo 10 de março de 1811, portanto são 202 anos de história que orgulha o nosso povo.

Parabéns terra de Simoa pelos 134 anos de elevação de Vila para cidade.

"Garanhuns existe entre sete colinas, Deus é de lá". - Poeta Ronildo Maia Leite

Professor Antônio Vilela - Professor e historiador
AGORA COMIGO: Recebemos este texto amigo professor Vilela, um dos co-fundadores do Instituto Garanhuns. Já é praticamente consenso entre os associados que a data de aniversário de Garanhuns deve ser revista. 4 de fevereiro é a elevação de Vila à Cidade, mas Garanhuns não pode ser mais jovem que municípios que faziam parte de sua abrangência político-geográfica, portanto, como a maioria dos entes federativos, deve se comemorar desde os primeiros momentos históricos de sua criação. Assim foi com o Brasil 500 anos, ou cidades como Recife e Olinda que contam já com séculos.
São datas em separado que Garanhuns precisa enaltecer, mas é muito mais palatável entender que nossa cidade tem 202 anos, fortalecendo sua importância histórica na formação geopolítica do estado de Pernambuco.
Recebemos também do professor Vilela uma cervo fotográfico que iremos disponibilizar para vocês. Registros de uma Garanhuns antiga que poucos conhecem. Seus eventos, lugares, prédios e pessoas que foram importantes ao longo do tempo.