terça-feira, 26 de março de 2024

PREFEITOS DE GARANHUNS. 12º Prefeito: Coronel Joaquim Alves Barreto Coelho e 13º Prefeito: Pedro Ivo da Silva - Por Prof. Cláudio Gonçalves - IHGCG


SÉRIE: PREFEITOS DE GARANHUNS.

12º Prefeito: Coronel Joaquim Alves Barreto Coelho (1917-1918)

Presidente do Conselho Municipal, assumiu o cargo de prefeito após a prisão de Thomaz Maia, em 03 de março de 1917. Thomaz Maia foi preso sob acusação de ter fornecido querosene para incendiar as casas das vítimas da Hecatombe. Foi inocentado da acusação dezembro de 1918.

13º Prefeito: Pedro Ivo da Silva (1918-1919)

Não há registro do resultado da eleição de 1918.
Atuou na reestrutura das atividades econômicas abaladas com a Hecatombe de Garanhuns e pacificação da cidade.

PREFEITOS DE GARANHUNS. 11º Prefeito: Capitão Thomaz da Silva Maia - Por Prof. Cláudio Gonçalves - IHGCG

 SÉRIE: PREFEITOS DE GARANHUNS.

11º Prefeito: Capitão Thomaz da Silva Maia.
(Tomou posse do cargo no lugar do prefeito eleito tenente-coronel Júlio Brasileiro, após a anulação da primeira eleição e depois do assassinado de Júlio Brasileiro no Café Chile, Recife, em 14 de janeiro de 1917).
Mandato: 15 de novembro de 1916 a 03 de março de 1917.
Prefeito eleito: Tenente-coronel Júlio Euthymio da Silva Brasileiro
Subprefeito: Thomaz da Silva Maia.
Primeira eleição: 10 de julho de 1916 - Júlio Brasileiro 1.114 votos e Dr. José da Rocha Carvalho 428 votos (A eleição foi anulada pois o candidato Júlio Brasileiro exercia o cargo de deputado e não poderia concorrer ao cargo de prefeito antes da conclusão do mandato, mas o governador Manoel Borba, anulou a eleição e marcou um novo pleito. A oposição insatisfeita com a decisão retirou a candidatura.
Com a anulação da eleição, o Capitão Thomaz da Silva Maia tomou posse do cargo de prefeito de Garanhuns em 15 de novembro de 1916, permanecendo a frente da administração municipal até 03 de março de 1917, quando é preso sob acusação de ter fornecido querosene para os jagunços incendiarem as casas comerciais das vítimas da Hecatombe de Garanhuns. Provada sua inocência retorna a Garanhuns em dezembro de 1918, mas não assumi o cargo de prefeito.
Segunda eleição: 07 de janeiro de 1917 - Tenente-coronel Júlio Euthymio da Silva Brasileiro, candidato único, 1.232 votos.
Júlio Brasileiro não chegou a tomar posse. No dia 14 de Janeiro de 1917 foi assassinado no Café Chile em Recife pelo Capitão Francisco Sales Vila Nova, que dois dias antes, ao voltar a noite para casa foi cercado por seis homens mascarados e barbaramente espancado a bengaladas e chicotadas de cipó-de-boi, reconhecimento entre os agressores, o secretário da prefeitura, Fausto Galo, o irmão e o sobrinho de Júlio Brasileiro. O assassinato de Júlio Brasileiro, desencadeou uma revolta e um desejo de vingança contra os adversários políticos de Júlio Brasileiro, os chefes políticos jardinistas, os quais sem ter nenhuma participação no crime, eram acusados por alguns familiares e correligionários de Júlio Brasileiro de terem planejado a morte do chefe político. Na manhã de 15 de janeiro a cidade, centenas de homens armados invadiram a cidade jurando vingança. Sofrendo ameaças e correndo risco de vida, Sátiro Ivo, Dr. Antônio Borba Junior, Francisco Veloso, Manoel Jardim e os irmãos Argemiro e Júlio Miranda, são convencidos a ser recolherem a cadeia, sob a proteção do tenente-delegado Meira Lima. A tarde a cadeia é invadida por dezenas de homens armados mesmo com toda resistência do cabo Cobrinha, sargento Pedro Malta e dos praças Ezequiel Cabral de Souza, Manoel João de Oliveira, Pedro Antônio Dias e Francisco Maciel Pinto. O que se sucede é uma tragédia, com o assassinato de todos os principais chefes políticos jardinistas e do jovem Gonzaga Jardim, que minutos antes da invasão fora a cadeia visitar o tio Manoel Jardim. Essa página triste da nossa história política ficou conhecida nacionalmente como a Hecatombe de Garanhuns.






segunda-feira, 11 de março de 2024

INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO COMEMORA OS 213 ANOS DE GARANHUNS

    Com várias atividades, o IHGCG - Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Garanhuns, homenageia os 213 anos de criação do Município de Garanhuns - 10/03/1811 -. Entre as ações visitas à escolas, entrevistas em rádios locais, divulgação e debates em redes sociais, Missa de Ação de Graças na Catedral de Santo Antônio, e culminando com uma sessão solene no próximo dia 15 de março, às 19h, no Auditório da CDL, na Praça João Pessoa.

CARTA RÉGIA DE 1811 QUE CRIOU O MUNICÍPIO DE GARANHUNS

     O Município de Garanhuns foi criado pela Carta Régia do Príncipe Regente, D. João, que em 10 de Março de 1811, atendendo ao Governador de Pernambuco, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, elevou a povoação de Garanhuns, em Vila, que nada mais era que um ente representativo de municipalidade na administração portuguesa, o que determina sua prerrogativa de importância em relação a qualquer outra.


 Em 09 de setembro de 1950, através da Resolução nº144, o Prefeito de Garanhuns Dr. Luiz da Silva Guerra, fixou o dia 10 de Março, por ser o dia da criação da Vila de Garanhuns.

       É importante destacar que a redação da Resolução nº 144 foi dada pela Emenda ao Substitutivo ao Projeto 03/1950, de autoria do Vereador Alfredo Leite Cavalcanti, nada mais nada menos que o principal historiador garanhuense, que propôs que se emendasse o substitutivo adicionando-se ao art. 1º com inclusão do dia 10 de Março "por ser a data da criação da vila de Garanhuns por carta Régia de 10 de Março de 1811; ficando esta data denominada “Dia de Garanhuns”.


              SELO COMEMORATIVO LANÇADO NOS 203 ANOS DE GARANHUNS EM 2014




terça-feira, 5 de março de 2024

Data Magna de Pernambuco - 207 anos da Revolução Pernambucana de 1817 - Por Ígor Cardoso

 Publicado originariamente em 06 de março de 2019.

06 de março - Data Magna 


Minha mente é crítica como os versos de Chico Science. Meu coração é maracatu, puro batuque de alfaias. Meu espírito reluz como um caboclo de lança em pleno canavial. Meus pés desafiam a gravidade e o impossível: são passos de frevo, a flertarem com sonhos esvoaçantes e multicoloridos. 

Meu sentimento é xodó, malemolente como um baião gonzagueano na voz de Seu Domingos. Sou História bonita de se contar. Sou Duarte Coelho, e Maurício de Nassau, e Zumbi dos Palmares, e Frei Caneca. Sou também dona Brites, e dona Ana Paes, e Simoa Gomes. Leonino, pertenço à Pátria Imortal dos Leões do Norte, à Nova Lusitânia brasileira. 

E hoje relembro nosso rugido de liberdade contra a opressão - nem o primeiro, nem o último. Fomos, somos e seremos resistência: Pernambuco não se dobra! Feliz pernambucanidade a todos! Ad Altiora Tendere!

Por Igor Cardoso
Sócio Fundador do Instituto Histórico, Geográfico e Cultural de Garanhuns - IHGCG


IHGCG, IAHGP e a Grande Loja Maçônica de Pernambuco prestam homenagem aos heróis de 1817:

Painel afixado na sede do Instituto Histórico,

Geográfico e Cultural de Garanhuns em 2017


segunda-feira, 4 de março de 2024

PREFEITOS DE GARANHUNS - 10º PREFEITO: CORONEL FRANCISCO VIEIRA DOS SANTOS - POR CLÁUDIO GONÇALVES DE LIMA (IHGCG)

 10º Prefeito: Coronel Francisco Vieira dos Santos

Mandato: 1913 a 1916.
Eleito com o apoio do tenente-coronel Júlio Brasileiro, no final do seu mandato rompeu com o chefe político do município, formando uma chapa oposicionista para concorrer as eleições de 1916, encabeçada pelos doutores José Rocha de Carvalho e Antônio Borba Junior, que receberiam o apoio da ala política Jardinista, que com o rompimento entre o governador Manoel Borba e o general Dantas Barreto, perceberam um enfraquecimento de Júlio Brasileiro e a possibilidade de uma vitória da oposição na próxima eleição, marcada para 10 de julho de 1916.

PREFEITOS DE GARANHUNS - 9º PREFEITO: JÚLIO EUTHYMIO DA SILVA BRASILEIRO - POR CLÁUDIO GONÇALVES DE LIMA (IHGCG)

 9º Prefeito: Tenente-coronel Júlio Euthymio da Silva Brasileiro Mandato: 1912 a 1913.

Eleição para concluir o mandato de Argemiro Miranda - Resultado para Prefeito: Coronel Júlio Euthymio da Silva Brasileiro 1.137 votos e Coronel Hemeterio Pinto da Silva Souto 331.
Na sua administração deu inicio a arborização da cidade, ao processo de eletrificação e água encanada. Com apoio federal criou o campo de lavoura seca (localizado no atual Parque Euclides Dourado), inaugurou um telegrafo na Rua do Comércio e abriu duas estradas de rodagens que ligavam Garanhuns a Correntes e a Águas Belas. Durante o seu governo, o tenente-coronel Júlio Brasileiro abriu mão dos seus vencimentos do cargo em favor das obras de caridades.