quinta-feira, 10 de março de 2016

MUNICÍPIO DE GARANHUNS COMPLETA 205 ANOS


O Município de Garanhuns pertence à Mesorregião do Agreste Pernambucano e à Microrregião de Garanhuns, distante cerca de 230 km da capital pernambucana, Recife. Ocupa uma área de 458,550 km², sendo 7,11 km² formando o perímetro urbano e 451,44 km² formando a zona rural. Em 2014, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou sua população em aproximadamente 136 057 habitantes, sendo o nono maior município pernambucano, o terceiro maior do interior do estado e o segundo maior da região do agreste pernambucano.

Originalmente, suas terras eram ocupadas pelos índios do ramo dos cariris, quando, por volta do século XVII, brancos e negros fugidos da sujeição dos holandeses ocuparam as regiões de brejos, lá estabelecendo-se em aldeias esparsas. Em 29 de setembro de 1658, o mestre de campo Nicolau Aranha Pacheco, o capitão Cosmo de Brito Cação, Antonio Fernandes Aranha e Ambrósio Aranha de Farias receberam do governador na época em exercício, André Vital Negreiros de Araújo, uma sesmaria com cerca de 20 léguas de extensão, uma se localizava nos campos de Garanhuns. Nesse mesmo ano, foi fundado o Sítio Garcia, situado na região onde atualmente se localiza o distrito-sede do município.

A cidade de Garanhuns é o centro mais diversificado do agreste meridional, sendo polo de 32 municípios, concentrando, em seu entorno, cerca de 1 066 000 habitantes. Garanhuns é também um centro regional de saúde e educação. Na saúde, diversos hospitais, empresas de saúde e assistência médica estão instaladas. A Universidade de Pernambuco – UPE (Campus Garanhuns); a Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE (Unidade Acadêmica de Garanhuns); a AESGA – Autarquia de Ensino Superior de Garanhuns oferecem cursos de graduação e pós-graduação. O município, pelo seu diversificado comércio e oferta de serviços, tem no turismo um importante fator de geração de emprego, renda e desenvolvimento. A cidade detém uma rica cultura de turismo, que é fortalecida graças ao dinamismo da Secretaria de Turismo. Dispõe de uma grande rede de empresas prestadoras de serviços e de hotéis direcionados ao turismo. Em julho, a cidade sedia o Festival de Inverno de Garanhuns, que anualmente atrai milhares de turistas de todo o Brasil.


MUNICÍPIOS ALCANÇARAM AUTONOMIA POLÍTICA NO DIA DA CRIAÇÃO DA VILA


No Brasil colonial, povoações eram elevadas a vilas, e essas a cidades, de acordo com o sistema português. Por exemplo, em 1560, São Paulo foi elevada à categoria de vila.

No Brasil durante muito tempo, a data correta da fundação de municípios antes da proclamação da república era o dia da criação da vila. Com a vila o arraial ou a freguesia adquiria a sua autonomia político-administrativa, passando a constituir uma câmara de vereadores, com direito de cobrar impostos, e baixar "posturas" que eram espécies de leis municipais, recebia ainda um "juiz de fora", pelourinho e cadeia pública.

Carta Régia do Príncipe Regente
D. João VI, elevando Garanhuns a
categoria de Vila (Município), em
10 de março de 1811.

O título de cidade, neste tempo, era mais honorífico e pouco acrescentava em termos de organização política e administrativa. Unicamente a presença da câmara indicava a existência da célula político-administrativa. A primeira vila do Brasil foi São Vicente - SP, onde está a câmara municipal mais antiga. Hoje, no entanto, por ter um sistema administrativo diferente do de Portugal, a palavra "vila" não tem valor administrativo no Brasil, sendo usada apenas no sentido informal.

Por isto, hoje, equivocadamente, muitos municípios criados no império e na colônia comemoram o dia da sua fundação como sendo o dia em que foram elevados a cidade, o que não é correto, na verdade alcançaram autonomia política no dia da criação da vila.
Fonte: pt.wikipedia.org.

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