Chile - Um big brother?
Os especialista logo se apressam:
"Os mineiros terão que lidar com a fama...
os mineiros relembrarão estes fatos durante a vida...(nossa, é mesmo?)
Os mineiros terão que lidar com a imprensa...
Não vai ser fácil para eles...
eles terão que emagrecer...
a cápsula é muito apertada."
Especialistas em túneis, em psicologia, em geologia
e em muitas outras gias estavam a postos
para mostrar a fraqueza do homem comum
e como é possível explorar ao máximo esta condição.
Já perceberam que sempre que há um desastre,
aparece especialista por todos os lados, dando pitaco
em todos os programas de fofoca e de jornalismo?
A ênfase é quase sempre na miséria humana, no erro
na possibilidade de fracasso.
E se a sonda emperrar? E se eles tiverem uma embolia pulmonar?
Há muitos terremotos no Chile? Se acontecer um
terremoto durante o resgate?
E o mineiro que tem mulher e amante?
Será que vai dar barraco? Ou terrremoto?
Enquanto isso, rolava a votação na "fazenda".
Será realmente necessário, enfatizar sempre a fraqueza,
a fragilidade da nossa condição,
para adquirir audiência?
Não foram todos que fizeram isto.
Aquele jornalismo ou opinião, que mostra
as nossas possibilidades,a grandeza humana,
a solidariedade o perdão, por acaso perde audiência?
Exibir sempre o que há de pior,
parece agradar a muita gente.
Não, não estou falando contra a imprensa.
Estou falando da necessidade cada vez maior
de ver a miséria, a destruição, a guerra,
o sofrimento, como coisa banal e até mesmo útil.
A imprensa, a igreja, a polícia,
são feitas por nós.
Não foram os marcianos que geraram estas instituições,
se queremos que melhorem,
devemos também nos aperfeiçoar.
Um bom caminho é, sem ingenuidade,
ver as coisas boas que há nos outros
tanto nas pessoas como nos grupos,países
(abaixo o xenofobismo e o bairrismo).
O grande irmão tem olhos, mas nós também temos
e não é virtuoso culpar as instituições
por nossa covardia.
Temos que nos questionar se devemos sempre
colocar as nossas decisões nas mãos de "especialistas".
Nossos sentimentos especializados, não suportam outras
esperiências amorosas, afetivas,libertadoras.
Nossas mãos especializadas, só apertam as mãos
dos conhecidos e aceitos.
Eu quero ver um gesto de bondade em 'umbig bhother".
Quero escolher os que tem horizontes amplos
como o deserto do Atacama,
que pensam por suas próprias forças,
sem contudo renegar a sabedoria alheia.
Os mestres, os apaixonados, os que perdoam
os sobreviventes, os líderes, os que lutam.
O grande irmão nenhuma força tem sobre eles
de dia ou de noite carregam sua própria luz.
E Viva Chile!
eliasmouret
"Os mineiros terão que lidar com a fama...
os mineiros relembrarão estes fatos durante a vida...(nossa, é mesmo?)
Os mineiros terão que lidar com a imprensa...
Não vai ser fácil para eles...
eles terão que emagrecer...
a cápsula é muito apertada."
Especialistas em túneis, em psicologia, em geologia
e em muitas outras gias estavam a postos
para mostrar a fraqueza do homem comum
e como é possível explorar ao máximo esta condição.
Já perceberam que sempre que há um desastre,
aparece especialista por todos os lados, dando pitaco
em todos os programas de fofoca e de jornalismo?
A ênfase é quase sempre na miséria humana, no erro
na possibilidade de fracasso.
E se a sonda emperrar? E se eles tiverem uma embolia pulmonar?
Há muitos terremotos no Chile? Se acontecer um
terremoto durante o resgate?
E o mineiro que tem mulher e amante?
Será que vai dar barraco? Ou terrremoto?
Enquanto isso, rolava a votação na "fazenda".
Será realmente necessário, enfatizar sempre a fraqueza,
a fragilidade da nossa condição,
para adquirir audiência?
Não foram todos que fizeram isto.
Aquele jornalismo ou opinião, que mostra
as nossas possibilidades,a grandeza humana,
a solidariedade o perdão, por acaso perde audiência?
Exibir sempre o que há de pior,
parece agradar a muita gente.
Não, não estou falando contra a imprensa.
Estou falando da necessidade cada vez maior
de ver a miséria, a destruição, a guerra,
o sofrimento, como coisa banal e até mesmo útil.
A imprensa, a igreja, a polícia,
são feitas por nós.
Não foram os marcianos que geraram estas instituições,
se queremos que melhorem,
devemos também nos aperfeiçoar.
Um bom caminho é, sem ingenuidade,
ver as coisas boas que há nos outros
tanto nas pessoas como nos grupos,países
(abaixo o xenofobismo e o bairrismo).
O grande irmão tem olhos, mas nós também temos
e não é virtuoso culpar as instituições
por nossa covardia.
Temos que nos questionar se devemos sempre
colocar as nossas decisões nas mãos de "especialistas".
Nossos sentimentos especializados, não suportam outras
esperiências amorosas, afetivas,libertadoras.
Nossas mãos especializadas, só apertam as mãos
dos conhecidos e aceitos.
Eu quero ver um gesto de bondade em 'umbig bhother".
Quero escolher os que tem horizontes amplos
como o deserto do Atacama,
que pensam por suas próprias forças,
sem contudo renegar a sabedoria alheia.
Os mestres, os apaixonados, os que perdoam
os sobreviventes, os líderes, os que lutam.
O grande irmão nenhuma força tem sobre eles
de dia ou de noite carregam sua própria luz.
E Viva Chile!
eliasmouret
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