terça-feira, 24 de março de 2015

INSTITUTO GARANHUNS ABRE ESPAÇO PARA LANÇAMENTO DO LIVRO DICIONÁRIO BIOGRÁFICO CANGACEIROS & JAGUNÇOS


O Instituto Histórico, Cultural e Geográfico de Garanhuns e o escritor Renato Luis Bandeira convidam para lançamento do livro: DICIONÁRIO BIOGRÁFICO CANGACEIROS & JAGUNÇOS (2ª EDIÇÃO) – REVISADA E AMPLIADA. Nesta quarta-feira, 25 de março, às 20h, na sede do IHGG – Praça Dom Moura 44 – Centro.

Centenas de livros já foram escritos sobra a saga do cangaço no Nordeste brasileiro. É por isso que o escritor Renato Luis Bandeira, concebeu uma obra inédita que aborda tão somente o resumo biográfico de cangaceiros, cangaceiras, jagunços e canos de guerra, alem da inserção de dezenas de fotos que enriquecem o trabalho , sendo doravante, fonte permanente para pesquisa do fenômeno cangaceirismo no Brasil.

A história é uma grande colcha de retalhos. É feita de pedacinhos. Emaranhado dos fatos se unem e ganham veracidade quando são compartilhados por pesquisadores que vão buscar na oralidade, a base dos acontecimentos, sobretudo, com aqueles que foram protagonistas.

Assim o registro histórico serve de conhecimento para as gerações futuras, graças a obstinação de alguns escritores que se tornam verdadeiros guardiões dos fragmentos identificados, como as peculiaridades de um arraial ou de uma comunidade, que preserva sua história, seus costumes e tradições.

O livro Dicionário Biográfico Cangaceiros e Jagunços é obra para ser consultada e apreciada. É resultado de pesquisa centrada em longa e difícil observação, com levantamento de milhares de informações, confrontação e análise criteriosa sobre o tema, em parâmetros precisos de fatos e lugares com nomes de cangaceiros que percorreram o nordeste brasileiro.

terça-feira, 10 de março de 2015

PROGRAMAÇÃO NA SEDE DO INSTITUTO HISTÓRICO ENCERRA COMEMORAÇÕES DOS 204 ANOS DE GARANHUNS


As festividades em comemoração aos 204 anos de Garanhuns serão encerradas na sede do Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns (IHGG), a partir das 19 h, desta terça-feira (10), com a exposição Celso Galvão, “Poetas Mochileiros” com Sandoval Ferreira, palestra com Igor Cardoso, e o lançamento do livro “República”, do presidente do IHGG e professor, Cláudio Gonçalves.

sexta-feira, 6 de março de 2015

COMEMORAÇÕES ESPECIAIS MARCAM O “DIA DE GARANHUNS”


O Governo Municipal de  Garanhuns está preparando uma extensa programação em comemoração ao “Dia de Garanhuns”, vivenciado no próximo dia 10 de março. A partir do próximo sábado (07), às 20h, o aniversário da criação do município terá sua primeira comemoração, juntamente com o Dia Internacional da Mulher, com uma sessão solene na Câmara de Vereadores de Garanhuns.
No domingo (08), a partir das 8h, em frente ao Palácio Celso Galvão – sede do Poder Executivo Municipal -, está marcado o hasteamento dos pavilhões oficiais e a participação da banda do 71º Batalhão de Infantaria Motorizado. Logo após, os populares poderão participar do corte do bolo em comemoração aos 204 anos de Garanhuns.
Às 9h, o grupo “Caminhantes do Parque”, sairá do Palácio Celso Galvão em cortejo junto com a Banda Marcial da Escola Professora Gabriela Mistral em direção ao Parque Euclides Dourado, onde, a partir das 9h30, haverá a inauguração oficial do Planetário Dr. Mauro de Souza Lima.
Às 10h30, na Igreja Presbiteriana Central, localizada na avenida Santo Antônio, os moradores poderão participar do culto de agradecimento. Voltando ao Parque, à tarde, das 14h às 17h, a população contará com o 1º Encontro de Bandas e Fanfarras das Escolas Municipais de Garanhuns. Encerrando as comemorações do domingo, a partir das 19h30, será celebrada uma missa em homenagem ao “Dia de Garanhuns”, na Catedral de Santo Antônio.
Na terça-feira (10), a Cidade das Flores será acordada às 6h da manhã ao som de fogos de artifício. À noite, a partir das 19h, as festividades serão encerradas no Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns (IHGG), localizado na Praça Dom Moura, 44. O local contará com a exposição Celso Galvão; “Poetas Mochileiros” com Sandoval Ferreira; a palestra “Simoa Gomes de Azevedo: A Mulher e o Mito”, ministrada pelo historiador do Centro de Estudos e História Municipal e um dos fundadores do IHGG, Igor Cardoso, e o lançamento do livro “República” do presidente do IHGG e professor Cláudio Gonçalves.
Rede Municipal de Ensino - Durante esta semana, todas as escolas da Rede Municipal  vivencianram diversas atividades alusivas à data e em relação ao município e sua história.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

MEMORIAL HISTÓRICO DO CASARÃO DE SOUTO FILHO, SEDE DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE GARANHUNS

Por: Igor Cardoso  (Membro fundador do Instituto Histórico de Garanhuns)

Foto do Casarão da Praça Dom Moura em 1922.
foto: Blog do Anchieta Gueiros

Em estilo eclético, foi projetado pelo arquiteto italiano Bruno Giorgio no ano de 1919, sob encomenda do ex-prefeito cel. José de Almeida Filho, próspero comerciante local e proprietário da Empresa de Melhoramentos de Garanhuns (EMG). 

O imóvel é bastante representativo do apogeu do Ciclo do Café na região: para se ter uma ideia desse período de prosperidade, todo o madeiramento para o assoalho e lambri foi importado do Pará. 

Pouco tempo depois, foi adquirido pelo político cel. Antônio da Silva Souto Filho, tornando-se uma espécie de "quartel general" do líder na cidade. Souto Filho passava horas no porão habitável, um espaço imenso, recebendo amigos e correligionários. Ali funcionava o seu gabinete, guarnecido com móveis de jacarandá e uma imensa mesa redonda. 

Assim, nos primeiros anos de sua História, o belo casarão da Praça Dom Moura, nº. 44, pertenceu a dois ex-Prefeitos*.

Pouco tempo depois da morte de Souto Filho, em 1939, o cel. José Custódio das Neves, cafeicultor e futuro Prefeito de Brejão, adquiriu o casarão e a família o conservou até 2004, quando a Prefeitura finalmente o comprou, na gestão do ex-Prefeito Luiz Carlos de Oliveira.

Na primeira reunião do Instituto Histórico com o Prefeito Izaías Régis, em 24 de janeiro de 2013, o Sodalício obteve do Edil o compromisso de proceder à cessão do imóvel para lhe servir de sede. 

Ainda no primeiro semestre de 2013, atendendo a projeto de iniciativa do Executivo, que o enviou já com o termo de cessão assinado, a Câmara de Vereadores autorizou o pleito nas sessões dos dias e 02 e 07 de maio.

No dia 10 de março de 2014, em evento em comemoração aos 203 anos do Município de Garanhuns e aos dois anos do Instituto, este reinaugurou a tradicional residência.
*Almeida Filho foi prefeito de 1919 a 1922; Souto Filho elegeu-se em 1929, mas não chegou a governar: renunciou em favor do cunhado e Vice, cel. Euclides Dourado, ex-Prefeito na gestão anterior.


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

D. Antônio C. de Aragão ordena sacerdote - Nascido em Garanhuns em 1903, foi Bispo de Petrolina



D. ANTONIO CAMPELO DE ARAGÃO, Nasceu em 05 de dezembro de 1903, na Av. Santo Antonio, 445 - Garanhuns - PE, filho do Farmacêutico Aurélio Aragão e de dona Enedina de Morais Campelo. FOI padre ordenado em Turim - Itália em 5 de julho de 1936, e sagrado Bispo em 13 de agosto de 1950 em Fortaleza - CE. Era Mochileiro da gema, descendente do Casal Manoel da Cruz Vilela e Maria Pereira Gonçalves, Que em 1703 Já habitavam Nosso município.

http://laisysteffanymp.blogspot.com.br/2008/11/vsn-te.html:
1950 a 1956 - BISPO AUXILIAR
Filho de Dom Bosco, orador Brilhante, a todos exortava parágrafo Uma Vida Cristã de piedade, Justiça e Paz, foi escolhido POR Deus Pará exercer na SUA Igreja o Ministério Episcopal, Sendo nomeado papa Pio XII cabelo em 05 / 06/1950, Bispo Auxiliar Dom Aquino Correia, Arquidiocese de Cuiabá-Mato Grosso.


Do sítio da Diocese de Petrolina: http://www.diocesedepetrolina.org.br/ler.asp?id=412
D. ANTÔNIO CAMPELO DE ARAGÃO (1957-1975)
Adotando o lema "Tudo farei Pelos eleitos", Tomou Posse em 1957/02/24 O Quarto bispo diocesano, Antônio Campelo de Aragão. "Dom Campelo" era Chamado de Como, era pernambucano de Garanhuns, Homem simples, mas fazer principesco porte. Possuía Uma voz de trovão; era dono de hum Discurso bombástico. Homem de índole sonhadora e empreendedora reintroduziu na diocese o estilo salesiano





sábado, 7 de fevereiro de 2015

PROGRESSO, DE GARANHUNS - A vida, as ideias e os negócios de João Tude de Melo

Material pesquisado  por Jakson Fitipaldi


Um dos primeiros ônibus da empresa Progresso, conhecido como "sopa" na época
A história da Progresso começou em 1932, em Garanhuns, Interior de Pernambuco. Seu fundador João Tude de Melo começou a trabalhar com 12 anos como carregador de bagagens, e aos 18 já era motorista de caminhão. Logo tornou-se dono de uma oficina mecânica e a partir daí iniciou sua frota de caminhões. 

E assim surgiu na década de 30, em Garanhuns, a empresa João Tude de Melo. Em 1934, foi criada a primeira linha regular de ônibus do Nordeste brasileiro, ligando Garanhuns ao Recife, um trecho de 250 km gastos em 15 horas de estradas de terra.

Em 1940, João Tude projetou o primeiro ônibus construído no país com motor interno e frente reta da América do Sul, e ainda nesse ano foram criadas as linhas Recife - Rio de Janeiro e Recife - São Paulo.
Todo esse sucesso valeu um convite do então Governador de Pernambuco, Agamenon Magalhães, para que a empresa fosse transferida para o Recife. E em 1952, a empresa modificou sua razão social para Auto Viação Progresso Ltda.

Nos meados do século XX a Progresso teve participação intensa na evolução dos transportes rodoviários da América Latina, discutindo temas com as grandes empresas do setor.

João Evangelista Tude de Melo, faleceu em Recife, em janeiro de 1981. Atualmente, o terminal rodoviário de Garanhuns tem seu nome.



sábado, 31 de janeiro de 2015

AS MULHERES QUE DEFENDERAM PERNAMBUCO DOS HOLANDESES

"As mulheres naquela ocasião com dardos e lanças, de maneira junto ao portilho aberto se puseram, outras com murrão, pólvora e pelouros com valeroso brio e ousadia não recebendo assombo dos estouros socorriam, onde a falta havia". Em 1646, elas lutaram contra o invasor holandês e sagraram-se as Guerreiras Tejucopapo

PIMENTA NOS OLHOS MISTURADA À ÁGUA, ERA A ARMA SECRETA
A luta foi desigual. Cerca de 600 holandeses e brasileiros aliados, fortemente armados, saíram da ilha de Itamaracá, em Pernambuco, para saquear a pequena aldeia de São Lourenço do Tejucopapo, hoje distrito de Goiana, a 63 km do Recife. No local, quase não havia homens para resistir ao ataque. Restava basicamente uma tropa maltrapilha de mulheres - a maioria agricultoras de origem indígena. Mesmo assim, naquele 24 de abril de 1646, travou-se ali uma batalha épica, de fortes contra fracos, que ganhou contornos de mito ao consagrar a vitória do improvisado exército feminino e a expulsão dos invasores.

Maria Camarão, Maria Quitéria, Maria Clara e Joaquina estavam à frente desse combate. Elas e as companheiras recorreram às poucas armas que havia e a objetos rústicos, como estrovengas (roçadeiras), paus e chuços, uma espécie de lança para catar crustáceos. Tachos com água fervente e pimenta-malagueta esmagada em pilões foram especialmente preparados para a peleja. O alvo eram os olhos do inimigo. Desnorteados pela ardência da mistura e a dor das queimaduras, os soldados caíam estrebuchando nas roças ou na única rua do povoado de 500 habitantes.

Avisadas da chegada do inimigo por um vigia a postos no porto que servia a região, a 6 km da vila, as mulheres de Tejucopapo adotaram a mesma tática de guerrilha de seus homens, que, naquele dia, se encontravam no Recife, vendendo caranguejos, ou envolvidos em tocaias contra os holandeses em outras praias do litoral norte pernambucano. Alguns poucos ficaram de guarda. Por iniciativa própria, elas prepararam a resistência: reforçaram as cercas paliçadas, planejaram emboscadas, transformaram em armas o que fosse possível. Tudo isso num intervalo de cerca de 12 horas antes da chegada dos invasores.

No momento do confronto, no meio da manhã, partiram para a luta aos gritos, movidas pela fé católica contra os "hereges seguidores de Martinho Lutero" e pelo desejo de defender o território. Maria Quitéria combatia à dianteira, com um crucifixo em punho, bradando orações para os santos mártires Cosme e Damião. Surpreendidos pela resistência improvisada, os holandeses recuaram por algum tempo, mas voltaram para vingar seus mortos e feridos. Nessa investida, com machados e alfanges (espécie de sabre), derrubaram paliçadas e mataram um número de mulheres até hoje desconhecido.

A vitória estrangeira, no segundo pico das escaramuças, parecia assegurada. Os ataques de água com pimenta, porém, não cessaram - nem a bravura das guerreiras do Tejucopapo. Estropiados, os soldados flamengos e seus comparsas nativos, entre índios e caboclos de Itamaracá, resolveram bater em retirada. Àquela altura, já temiam a chegada de reforços masculinos bem armados. No fim da sangrenta batalha, que durou quase todo o dia, havia centenas de cadáveres holandeses no chão. Os sobreviventes correram para o porto em busca de suas barcas de remo e vela, deixando para trás apetrechos de guerra, mantimentos roubados e corpos ensanguentados. Nunca mais voltariam ao povoado.

De acordo com Luzilá Gonçalves Ferreira, professora de letras na Universidade Federal de Pernambuco, pesquisadora e autora de Mulheres e Abolição da Escravatura no Nordeste, os estrangeiros foram até o povoado em busca de alimento. Nos estertores da dominação holandesa em Pernambuco - e sem a presença de Maurício de Nassau, que regressara à Europa em 1643 -, armazéns do Recife estavam quase vazios. Em Itamaracá, a situação era ainda mais grave. Nada chegava da capital da província. Famintos, mas bem armados, decidiram então procurar provimentos mais ao norte. O porto Ponta de Pedras favorecia o acesso à região e o povoado de São Lourenço do Tejucopapo era um alvo fácil. Lá, poderiam saquear plantações e engenhos. "Sabiam (os holandeses) que em seu distrito havia roçarias de mandioca em muita quantidade, por ser a terra fértil e abundante delas, e muitos legumes e frutas de espinhos", afirma o cronista português do século 17 Diogo Lopes Santiago em História da Guerra em Pernambuco, ressaltando que a intenção dos invasores era matar a população local antes que as infantarias de Igarassu e Goiana pudessem acudir.

Divergências

A historiografia brasileira assinala o total de 300 baixas nas linhas flamengas (a metade de todo o contingente) e dá a Maria Camarão a primazia de ter convocado as mulheres para a guerra. Para os holandeses, o número de mortos não passou de 70. Em seus escritos sobre os fatos, também no século 17, o viajante Johan Nieuhof dá a versão dos conterrâneos: "Considerando que a escassez de provisões constituía um dos principais obstáculos a serem vencidos do nosso lado, julgou-se necessário estabelecer um pequeno acampamento perto de São Lourenço". Segundo ele, o efetivo era bem menor do que o destacado nos relatos brasileiros. Não passava de 110 holandeses, sob o comando de Willem Lambertsz e Klaes Klaesz e mais 180 voluntários de Itamaracá e índios.

Seja qual for o total de combatentes e mortos, de ambos os lados, pesquisadores como José Bernardo Fernandes Gama (Memórias Históricas da Província de Pernambuco), Antônio Joaquim de Mello (Varões Ilustres de Pernambuco) e Pereira da Costa (Anais Pernambucanos) descrevem o feito das guerreiras de Tejucopapo como "heroico" baseados grande parte em relatos de O Valoroso Lucideno - Triunfo da Liberdade (1648), de frei Manuel Calado. O religioso narrou os fatos ressaltando a oposição de credos (católicos x protestantes) e encerra o texto com um poema. "Não sei se podemos chamar de ‘batalha’ os combates havidos em Tejucopapo", diz Luzilá. "O certo é que a derrota holandesa é descrita como resultado da espantosa coragem das senhoras que enfrentaram o inimigo com as poucas armas que tinham."

Nove anos depois dos ataques de pimenta, as tropas de Sigismund van Schkoppe se renderiam no Recife, após a Batalha dos Guararapes, encerrando 24 anos de ocupação holandesa. Até o início do século 19, a notoriedade à resistência aos flamengos se restringia ao heroísmo masculino, representado nos atos de figuras como o senhor de engenho André Vidal de Negreiros e o indígena Felipe Camarão. Tejucopapo, esquecida por 200 anos, só ganhou algum destaque quando o país começou a construir sua identidade nacional e escrever sua história com maior objetividade e respeito às fontes documentais.

O historiador Antônio Joaquim de Melo lembra que ao visitar Pernambuco, em 1859, dom Pedro II foi ao povoado ver "o lugar onde as heroínas tejucopapenses, essas amazonas que se imortalizaram na história, roubaram aos homens a glória de defenderem a pátria contra o domínio estrangeiro".
Para Marcos Galindo, professor da Universidade Federal de Pernambuco, autor de livros sobre a região, o episódio existiu, está documentado, mas não teve importância no conjunto da Restauração Pernambucana. Contudo, as escaramuças de Tejucopapo serviram para agregar um mito à nação. "Mitos são tão fortes quanto a história no processo social e civilizatório", afirma. "E esse atendia às necessidades de consolidar o país em formação." É mais um motivo para não negligenciar a batalha, diz o pesquisador Marcílio Brandão, diretor de um filme sobre o tema: "Foi a primeira participação de um coletivo feminino em um conflito armado no Brasil".