quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

DIA 10 DE MARÇO SERÁ INAUGURADA A SEDE DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE GARANHUNS



O presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns, professor e escritor Claudio Gonçalves de Lima, confirmou a inauguração da sede da entidade para o dia 10 de março, quando receberá uma exposição do Arquivo Público Estadual com documentos históricos de Garanhuns.

Nesta terça-feira 28, o presidente da Câmara de Vereadores de Garanhuns, Audálio Ramos Filho, recebeu, na Casa Raimundo de Morais, secretários municipais, membros do Instituto Histórico e o presidente da CDL, Fernando Couto Soares, para debater a programação de comemoração aos 203 anos de criação do município, que será comemorado em 10 de março.

A Prefeitura de Garanhuns estará fazendo uma programação com diversas atividades e contará com o apoio das instituições. As secretárias de Comunicação Social, Turismo e Cultura, Gerlane Melo, Jaqueline Menezes e Cirlene Leite, respectivamente, estiveram presentes, além do Ouvidor, Adolfo Lopes, e representantes da Secretaria de Educação.

Diversas outras atividades foram programadas, com o intuito de incentivar a movimentação cultural e desportiva da população. As instituições estarão providenciando os encaminhamentos referentes a cada atividade.

sábado, 4 de janeiro de 2014

BLOG DO RONALDO CESAR: Em texto emocionante, Mauro Lima recebe homenagem ...

BLOG DO RONALDO CESAR: Em texto emocionante, Mauro Lima recebe homenagem ...: Amigos, Passei um tempinho para ter condições de escrever sobre Mauro. Aí segue: "Ao tomar conhecimento da morte do meu amig...

Em texto emocionante, Mauro Lima recebe homenagem de Ivan Rodrigues

Amigos,

Passei um tempinho para ter condições de escrever sobre Mauro. Aí segue:

"Ao tomar conhecimento da morte do meu amigo Mauro Lima evoquei, de imediato, a cerimônia comemorativa dos 50 anos da Câmara de Vereadores, promovida por Mário Faustino, então Presidente daquela instituição. 

Representei o Governo do Estado, naquela ocasião, e em breve falação após verificar a presença de três ex-Vereadores do meu tempo: Mauro Lima, Humberto Morais e Everardo Gueiros, por coincidência filhos de três ex-Vereadores: Pedro Lima, Raimundo de Morais e Othoniel Gueiros, tive a generosa oportunidade de ressaltar a importância genética que engrandeceu a qualidade daqueles ex-companheiros presentes.

No que diz respeito ao nosso querido Mauro, fiz questão de realçar o exemplo da família decente, honrada e digna, comandada pelo seu patriarca PEDRO LIMA e sua maravilhosa companheira ALINE. Agora, sinto uma necessidade enorme de realçar para a querida Nicinha a SAUDADE DAS SAUDADES QUE TIVEMOS e que continuarão por muito tempo ainda e pode ser o que eu chamo uma saudade alegre. Desculpem, mas quem conheceu Mauro de perto não pode relembrá-lo com tristeza (saudade é outra coisa!) e sim com muita alegria. 

De acordo com a sabedoria popular: “quem puxa aos seus não degenera” e estão aí os modelos de cidadania e dignidade dos filhos, genros, noras, netos e bisnetos da família de Pedro Lima e que Mauro foi o mais perfeito resultado dessa grandeza. Os outros que me perdoem...

Agora travei e não sei mais o que dizer. Deu-me um nó na garganta e estou paralisado diante do computador, como um idiota! Mas, deu-me um estalo: O poeta Carlos Pena Filho, com uma obra poética extraordinária ainda não reconhecida como deveria ser, produzida em apenas trinta anos de vida, tem um soneto lindo e muito significativo para relembrar o nosso amigo e que transcrevo abaixo:

“TESTAMENTO DO HOMEM CANSADO

Quando eu morrer, não faças disparates
nem fiques a pensar: Ele era assim...
Mas senta-te num banco de jardim,
calmamente comendo chocolates.

Aceita o que te deixo, o quase nada
destas palavras que te digo aqui:
Foi mais que longa a vida que eu vivi,
para ser em lembranças prolongada.

Porém, se um dia, só, na tarde em queda,
surgir uma lembrança desgarrada,
ave que nasce e em vôo se arremeda,

deixa-a pousar em teu silêncio, leve
como se apenas fosse imaginada,
como uma luz, mais que distante, breve.”

Com o carinho de sempre, temos a honra e a responsabilidade de publicar os textos de Ivan Rodrigues.

sábado, 5 de outubro de 2013

AMÍLCAR DA MOTA VALENÇA - FALECE EM GARANHUNS UM DOS SEUS MAIORES PREFEITOS!

          No final da noite deste sábado 05 de outubro, faleceu na Casa de Saúde N.S. do Perpétuo Socorro, o ex-prefeito e ex-vereador de Garanhuns, AMÍLCAR DA MOTA VALENÇA, da nobre família Mota Valença dos Padres Agobar e Adelmar, de D. Almira, D. Anita, Sr. Asnar, D. Arlinda... de tantos benefícios feitos ao povo garanhuense;

        Sr. Amílcar, pecuarista em São Pedro, distrito da Terra das Sete Colinas, venceu uma eleição memorável em 1963, contra todas as possibilidades, depois foi eleito novamente em 1972. Do seu legado o Mercado 18 de Agosto, o Colégio Municipal, a AEsga/ FAGA, e tantas realizações de um homem simples, de grande memória e simpatia irresistível.

        O Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns homenageia-o neste momento, sabendo que já está com seu nome gravado na história desta terra que tanto amava. Aos seus filhos, irmãos, netos e bisnetos, nossas sinceras condolências.


   
  Amílcar Valença ao lado do Bispo D. Fernando Guimarães e do seu filho Pedro Jorge Valença

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Descanse em paz Mestre Dominguinhos, Garanhuns jamais o esquecerá

O IHGG homenageia o Mestre Dominguinhos

Dominguinhos foi sepultado no cemitério São Miguel em Garanhuns, nascido na Rua José Leitão, na Boa Vista, o mestre da sanfona retorna a sua terra onde repousará em um mausoléu que guardará sua memória.


O povo de Garanhuns homenageia seu ilustre conterrâneo que levou o nome de nossa cidade a todos os cantos. Morre o homem nasce o mito, mestre Dominguinhos também é história de Garanhuns.   

Mausoléu de Dominguinhos no cemitério São Miguel

ACESSE TAMBÉM:





terça-feira, 17 de setembro de 2013

Casa onde nasceu Dominguinhos é localizada em Garanhuns

Imóvel atual localizado na Av. José Leitão, onde nasceu Dominguinhos

Av. José Leitão, 191 – bairro da Boa vista, esse é o endereço atual da residência onde nasceu o artista garanhuense Dominguinhos, e que foi localizada através do trabalho de pesquisa realizada pelo professor Antônio Vilela, um dos co-fundadores do Instituto Garanhuns. Valorizar o local onde nasceu Dominguinhos é uma das metas do Instituto Histórico e Geográfico de Garanhuns – IHGG, que fará contato com o atual proprietário a fim de colocar uma placa alusiva ao fato histórico.

 Professor Vilela consegue descobrir o local exato onde nasceu Dominguinhos 

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A FEIRA DE GARANHUNS CEM ANOS ATRÁS


A feira de cavalos tinha um cunho especial. Era realizada
 junto ao Pau-da-mentira, na Praça Jardim.

A grande feira de Garanhuns(foto) era realizada às sextas-feiras e sábados. Era uma tradição do município, e os seus filhos zelavam pela continuação dessa maravilhosa feira livre, apresentando variadíssimos aspectos, com os desafios de cantadores, debaixo das árvores, o que mais agradava aos veranistas de Maceió e Recife, como um espetáculo original. Desde a quinta-feira começavam os feirantes armar as suas barracas de madeira e toldas. As primeiras tinham até prateleiras e divisões de cortinas, servindo para exposição de fazendas, roupas feitas, bijuterias, louças e artefatos de couro. Encontravam-se desde roupas feitas,  farinha com pólvora, a fazenda mais em uso no sertão, de caroás, ou mesmo de linho branco, verdadeiro, inglês procedente do Pará, até casimira grossa trazida por embarcadiço do Recife, ferragens e louças.

As roupas de vaqueiro: gibão, calças, peito, luvas, chapéus e sapatos próprios para a caatinga espinhenta. Muitas rendeiras trabalhando e vendendo.
As toldas eram feitas com armação simples de madeira, em cruz, e cobertas com encerados grossos, pintados em várias cores, o que dava um cunho original à feira. Estas serviam para a venda de carnes do sertão, de carneiro, de bode, de porco e de caças; doces regionais, refrescos, requeijões, queijos de mochila, de coalho e de manteiga; mel de uruçu e garrafas de manteiga de gado.

As toldas ficavam de um lado e as barracas de madeira do outro, em fila, desde o começo até o fim da Avenida Santo Antônio. Encontrava-se também mungunzá e canjica; pamonhas e cuscuz; rapaduras e batidas. A feira era dividida em vários setores distintos: o de farinha, do feijão, do milho, do arroz; das rapaduras e queijos; o das massas: goma, massa puba, massa de mandioca, fubás e milho ralado para xerém, para cuscuz, para mingaus, e ainda o setor de frutas, o mais sortido. E não poderíamos esquecer as várias espécies de beijus e tapiocas; dos pés-de-moleque, cuscuz de milho branco banhados no leite de côco, que enfeitavam as calçadas da Farmácia Morais até a Casa do Coelho. As pamonhas alfinins alvíssimas, de que tanto as crianças gostavam e serviam também para enfeitar os móveis dos quartos de noivos ingênuos, nas noites de núpcias...

A feira de cavalos tinha um cunho especial. Era realizada junto ao Pau-da-mentira, na Praça Jardim. Coisa muito divertida. Ali se podia ouvir as maiores mentiras do mundo, embora inofensivas. Ouviam-se os mais interessantes provérbios da filosofia matuta e os protestos dos compradores de animais tidos como valentões, desmascarando os vendedores sabidos, cujas mentiras eram maiores que os rabos dos cavalos que vendiam.
Havia especialistas em vendas, como também animais com cores estranhas, com ferros desconhecidos na redondeza e com cabrestos sobressalentes... Era gente de fora.

Até repentistas contratados para distrair o freguês se via então. Junto à árvore injustamente caluniada(pau-da-mentira) havia de tudo: Dez para embrulhar um, e até um que embrulhava dez. Às vezes saía acolá um fuzuê dos diabos, ou uma grande mangação.

Junto às capoeiras de galinhas, patos e perus, se aboletavam os mendigos, porque era ponto certo das "Senhoras Donas", ou ficavam nas calçadas do Paço Municipal. Eles representavam um quadro de profunda tristeza e de piedade, principalmente os cegos. Pois, como um costume sertanejo, eles pediam esmola cantando, em rimas magoadas, com versos muitas vezes improvisados, com auxílio do guia, com informações precisas sobre o freguês. O guia soprava o tipo, a idade, o sexo, a cor da roupa e até a profissão. Os cegos sobressaíam nos cantochões plangentes, tendo as suas cantorias um ritmo triste e acentuado:

Meu irmão, me dê uma esmola,
que lhe peço por amor,
E pela luz dos seus olhos
Que a minha já se acabou.

Enquanto um outro cego, mais adiante, cantava:

Perdi a luz dos meus olhos,
Perdi todo o cabedá...
Deus lhe livre desta sina,
Já que eu não posso livrá.

Mais alguns passos, podia-se ouvir a resignação de um cego nas suas lamúrias:

Eu peço é por caridade,
Cristão, filho de Maria,
Se eu tivesse a minha vista,
Trabalhava e não pedia.

As louvações eram então caprichadas.
Tinha também os versos tristes do ceguinho do Mundaú:

Nossa Senhora lhe pague,
Jesus lhe queira valer
Da tentação do Maldito
Quando for pra vós morrer.

Alguns, conhecendo bem a alma sertaneja, colocavam à frente, em banquinhos pintados de novo, um registro de Santo da sua devoção. E Serapião como bom sertanejo, comparecia sempre, ganhando às vezes uma sextilha ou martelo dos mendigos cantadores. Guardou na memória estes versos de sabor amargo, mas que revelam a gratidão de um cego, soprado pelo guia:

Seu moço, Seu Sacristão,
Que Deus dê o dobro
Que me tá dando.
Não tou vendo. O coração
Que tá dizendo,
E tá desejando,
Senhor Serapião.
Muitos outros que faziam
grandes lamúrias
Meu irmão, me dê uma esmola,
Pro bem da sua famía.
No Reino da Glória Eterna
lhe pague a Virge Maria.

E finaliza Serapião a recordação da grande feira da sua terra: ali era sentida, funda, no coração da gente sertaneja, esta verdade: Cantiga de cego é sempre penosa.
(Serapião Cavalcanti Albuquerque, trabalhou por mais de dez anos como Sacristão da Matriz de Santo Antonio, no início do século passado. O mesmo resenciou a Hecatombe de Garanhuns).

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

WASHINGTON MEDEIROS ENCANTOU ÀS NOITES DE GARANHUNS COM SUAS SERESTAS



Washington Medeiros passou todos os 60 anos de vida cultivando a música, grande defensor da Música Popular Brasileira e teve como uma das suas grandes amizades a de Augusto Calheiros o "Patativa do Norte".
Cultivou essa amizade com Augusto Calheiros até o fim, ao ponto de, com outros amigos desta terra, trazer os restos mortais do Rio de Janeiro para Garanhuns. Se a canção vivia dentro de si, a radiodifusão também, pois fez da Rádio Difusora de Garanhuns(Rádio Jornal), uma alavanca brilhante e que por muitos anos encantou as noites de Garanhuns com o grande amigo o Ex-Prefeito de Garanhuns José Inácio Rodrigues. Natural de Lajedo-PE, faleceu em 05/03/1987. (Blog Anchieta Barros).